sábado, 11 de dezembro de 2010

Cidade Maravilhosa?


Só se for pros ratos, urubus, flanelinhas, vans, Kombis, camelôs, caos, desordem, informalidade em geral e lixões a céu aberto.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Petrobras patrocina site que defende favelização

Olha só pra onde vai parte do dinheiro da Petrobras:



Vejam de novo o detalhe no rodapé:

Comentário do blog: Que bonitinho, né? O pessoal do PT (grandes defensores da favelização) podia arrumar um patrocínio pra quem é contra as favelas também, afinal, adoram pregar que é preciso fazer o "controle da mídia" para poder mostrar o "outro lado".

Tinham que dar o exemplo e deixar o "outro lado" (que é contra) da favelização falar também.

Falando sério agora: é um absurdo que a Petrobras não tenha o menor critério - ou tenha, mas tão acochambrados assim - para distribuir patrocínio. Não interessa se é um real ou um milhão, dinheiro público merecia destino melhor.

É interesse político demais envolvido, viram porque é tão difícil fazer as remoções e livrar o Rio de Janeiro disso?

Favelagem é organizada e manda o recado: dane-se o Rio, o negócio é favelizar

Associações de favelas se unem para boicotar as remoções e perpetuar a barracagem e a desordem no Rio de Janeiro:

Na quarta-feira, dia 21 de abril de 2010, teve uma reunião com líderes comunitários, moradores da várias favelas/comunidades do Rio de Janeiro, a Defensoria Pública, engenheiros/arquitetos, líderes de organizações da sociedade civil, representantes da Pastoral das Favelas e pelo menos um jornalista, do Estadão.

Esta reunião foi a primeira Assembleia de todas as favelas afetadas pelas ameaças do Prefeito Eduardo Paes e sua administração, e teve uma participação de uns 400-500

pessoas. Na reunião, definirem a união de todas as favelas na luta contra o plano de remoção das favelas do Prefeito Eduardo Paes. Após o relatório de cada comunidade, foi votada uma ação conjunta para lutar pelo Direito a Cidade e MORADIA. O seguinte ficou decidido como estratégia:
(1) lutar contra a remoção total,

(2) basear a luta política, em primeiro lugar, numa MANIFESTAÇÃO; NO DIA 30 DE ABRIL, NA FRENTE A PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, ÀS 10 HORAS DA MANHÃ (VEJA EMBAIXO PARA MAIS INFORMAÇÕES),

(3) através da Defesoria Pública, Ministério Público, e vários Movimentos Sociais, lutar contra as ações autiritárias e ILEGAIS da Prefeitura e do Estado do Rio de Janeiro através de assembleias nas comunidades afetadas, acompanhando todos os problemas (em relação a remoção) de cada comunidade/morador, e propondo junto aos moradores ações conjuntos.

Na reunião do dia 21, Maurício Campos, um engenheiro, representante de uma ONG Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, e um arquitecto do Sindicato dos Arquitetos, reforçarem a ilegalidade da ação autoritária doPrefeito Eduardo Paes sobre as favelas. Os moradores destacarem a credibilidade/(des) credibilidade do relatório da GEO-RIO, acerca do laudo técnico, que foi feito exclusivamente com fotos e emitido ANTES da tragédia das chuvas começou, bem como a atitude aterrorizante tomada pela Prefeitura através, principalmente da Defesa Civil, sobre os moradores para remové-los imediatamente, e com ameaças de força policial.

Na terca-feira, dia 27 de abril, teve uma reunião na RA (Região Administrativa da Rocinha) entre o governo e líderes da comunidade da Rocinha, para responder as exigências da Carta Aberta (veja embaixo para ler a Carta Aberta) entregue uma semana atrás. A Prefeitura deixou muito claro para todos os presentes que a decisão deles é definitiva e nada a mudará, e que eles vão continuar com toda força com seu plano de remoção total de TODAS os móveis do Laboriaux. Apesar da resposta negativa de TODOS os pontos da carta aberta, os moradores que compõe a comissão questionarem de forma profissional, ponto a ponto, os argumentos e as ações da Prefeitura, destacando principalmente o abandono do governo nas obras de contenção de enconstas a quase 10 anos paradas no Laboriaux, bem como o descomprimento da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, Artigo 429, Seção II aonde estabelece que a remoção é um ato illegal e em situação de emergência a necesidade de respeitar os critérios estabelecidos na lei, na elaboração do laudo técnico com a participação da comunidade, bem como as representações dos moradores para buscar em conjunto soluções. Fica claro a política de remoção das favelas do Rio pelo Prefeito Eduardo Paes, retrocedendo a todas as conquistas do povo das favelas no marco legal da cidade do Rio de Janeiro. Neste sentido Eduardo Paes ésta agindo como ditador do Rio de Janeiro, sem repeitar as leis. Fica bem claro tambem que a mídia ésta a serviço da Prefeitura e omitindo toda a atitude autoritária e não ouvindo/divulgando os fatos que estão ocurrendo nas favelas. Ficou bem claro que Eduardo Paes e sua administração querem acabar com o povo das favelas e defendem suas ações atrás de uma falsa e supérfluo intelectualismo, vindo de acadêicos como Sérgio Besserman entre outros.

No dia 29 de abril as 10hs da manha, o engenheiro, Mauricio, que está apoiando o movimento contra a remoção e ajudando na mobilização das favelas, virá realizar uma vistoria física e avaliar as condições do solo e das moradias da Rocinha/Laboriaux. A análisis dele será muito importante neste momento de luta para questionar o laudo da PREFEITURA DO RIO. O próximo passo agora, como mencionado acima, é A MANIFESTAÇÃO NO DIA 30, NA FRENTE DA PREFEITURA, ÀS 10 HORAS DA MANHA. As favelas vão descer para o asfalto, para lutar pacificamente pelo comprimento do Direito a Cidade e a Moradia.

Fonte: http://www.vivafavela.com.br/node/520

Comentário do blog: "Viva Favela", olha o nome do site. É como se tivesse um site chamado "Viva os Esgotos a Céu Aberto" ou "Viva os Lixões", o que essa gente não entende é que o direito de uns não se sobrepõe ao da coletividade. Eles não querem reassentamento em outro local, eles querem é favela. Não adianta, eles chamam a favelização da cidade de "conquistas" e lutarão por elas enquanto não houver um homem público no Rio de Janeiro que se disponha a peitar essa desordem organizada. Organizadíssima aliás.

Invadem, loteiam tudo com barracos, agridem o meio ambiente, a estética, a ordem urbana e ainda chamam a remoção de "ilegal".

ILEGAIS SÃO AS FAVELAS. FAVELA NÃO É DIREITO, É DEGRADAÇÃO DA CIDADE.

REMOÇÃO JÁ! FAVELA NÃO! SALVEM O RIO DE JANEIRO DESSA DEGRADAÇÃO!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PT e lideranças faveleiras fazem pressão contra a prefeitura do Rio de Janeiro

PT critica ação de secretaria do próprio partido

Publicada em 19/11/2010 às 23h42m
Carla Rocha

RIO - Uma pequena reunião no Diretório Estadual do PT deixou numa saia justa o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar. A Coordenadora do Setorial Nacional de Moradia e Reforma Urbana do partido, Cristina Novais, após reunião com cerca de 20 lideranças comunitárias da qual participam militantes petistas, divulgou uma nota de repúdio à forma arbitrária com que estão sendo conduzidas as remoções em áreas de baixa renda da cidade. Titular da pasta, Bittar é um quadro do partido, que apoiou a eleição do prefeito Eduardo Paes. O secretário não foi localizado quarta-feira para comentar o fato.

Procurada, Cristina Novais disse que o grupo já está marcando uma audiência com Bittar para tratar do assunto. Ela afirmou que acredita na possibilidade de uma conciliação das divergências que existem entre os princípios do partido e a política adotada pelo município.

- É uma situação delicada. Porque nós fazemos parte do governo, sabemos das dificuldades que o secretário tem, mas gostaríamos que fossem respeitados os princípios do partido que defende as causas da população mais desfavorecida - afirmou Cristina, que não quis mencionar que ações de remoção serão questionadas junto ao secretário, mas admitiu que acompanhou, por exemplo, o desenrolar das negociações para a desocupação da Vila Taboinhas, na Zona Oeste - uma invasão planejada, que teve início em 2007, em que os moradores chegaram a pagar "luvas" pelos lotes (na época, R$ 500).

A posição do partido foi divulgada no site do PT. Na nota, foram listadas entidades que participaram da reunião, como a Faferj (Federação de Associações de Favelas do Rio), a FAM-RIO (Federação das Associações de Moradores), o Conselho Popular e o Najup (Núcleo de Assistência Jurídica Popular). A mesma nota afirma que também participaram "coordenadores de ocupações, além de técnicos urbanistas".

A nota atribuiu as remoções a megaeventos que serão realizados no Rio, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Ainda de acordo com o texto, as iniciativas voltadas para a infraestrutura viária estão sendo pautadas "pela mais absoluta arbitrariedade, falta de transparência, ausência de diálogo e abertura de negociação com as populações envolvidas, violando todos os direitos dos cidadãos".

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/11/19/pt-critica-acao-de-secretaria-do-proprio-partido-923061062.asp


Comentário do blog: Isso é um grande negócio que sustenta um bocado de esperto que vive da favelização que emporcalha e enfeia o Rio de Janeiro. Reclamam que querem "embelezar a cidade" como se isso fosse um grande mal, quando pelo contrário, é dever de qualquer governante. Chega e favelas, lixo, barracos, desordem.


REMOÇÃO TOTAL JÁ!

E a favelagem avança e resiste

Moradores de terreno invadido fazem protesto em Vargem Grande

Rio - Moradores da Vila Harmonia, uma comunidade que invadiu terreno particular entre Vargem Grande e Recreio dos Bandeirantes, estão fazendo manifestação, até o momento pacífica, contra remoção da favela. São cerca de mil moradores que construíram casas na área de 40 mil metros quadrados.

A Justiça determinou a remoção de todos e, semana passada, houve confronto entre tropa da PM e invasores que não acataram a ordem judicial. A Prefeitura conseguiu intermediar e passou a cadastrar os moradores para pagamento de aluguel social para quem estivesse disposto a sair da área.

Nesta quarta, desde cedo, a PM e guardas municipais, recomeçaram a ajudar os moradores que estão querendo sair. Até o momento, não houve confronto.

Fonte:http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/11/moradores_de_terreno_invadido_fazem_protesto_em_vargem_grande_125011.html

Comentário do blog: tem que matar a fera enquanto ainda é pequena, depois que se instala vira mais uma fonte de problemas e feiúra pra cidade.

Urbanização é maquiagem

RIO - A prefeitura pretende remover e reassentar, até o fim de 2012, 20% dos moradores da Favela de Rio das Pedras, que irão para dois bairros populares a serem construídos em Jacarepaguá. O plano prevê a retirada de três mil famílias que vivem em áreas de risco na localidade do Areal, às margens do rio que atravessa a comunidade. Os recursos virão da segunda fase do projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e da própria prefeitura, devendo somar R$ 200 milhões. A remoção e o reassentamento fazem parte do programa Morar Carioca, uma proposta que prevê a urbanização de todas as comunidades carentes da cidade até 2020, como parte do legado social das Olimpíadas de 2016.


O secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, explicou que o programa também tem o objetivo de recuperar o rio que dá nome à favela de Jacarepaguá. Após a retirada dos moradores, o rio será dragado e desobstruído. Além disso, uma rua de serviço será construída, para evitar invasões. Rio das Pedras será a comunidade com o maior número de famílias removidas de áreas de risco pela prefeitura. Até agora, o maior reassentamento previsto era em Manguinhos, onde 1.300 famílias serão realocadas até o fim das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No caso de Rio das Pedras, as famílias vivem em áreas de turfa (sem estabilidade), que acabam afundando após algum tempo.

- A prefeitura já urbanizou grande parte de Rio das Pedras. Mas a infraestrutura existente acaba sobrecarregada quando chove: há problemas de drenagem porque o rio está obstruído. Acreditamos que isso vá resolver o problema - disse Bittar.

Um dos terrenos escolhidos é vizinho à favela e fica na Avenida Engenheiro Souza Filho. Ele pertence à Caixa Econômica Federal (CEF) e será comprado pelo município. Ainda esta semana, o prefeito Eduardo Paes encaminhará um projeto de lei à Câmara de Vereadores, criando novas regras urbanísticas para a área. As mudanças propostas permitirão o aproveitamento do terreno para construções de interesse social com no máximo cinco pavimentos. O lugar contará com creches, áreas de lazer e ciclovia. Os apartamentos terão até três quartos e 68 metros quadrados de área construída.

O outro terreno escolhido é de uma antiga fábrica de cerveja em Jardim Clarice. O projeto arquitetônico ainda está em fase de detalhamento na prefeitura. O imóvel está sendo negociado entre a prefeitura e o proprietário.

- Não demoliremos as construções existentes antes de as novas habitações ficarem prontas - acrescentou Jorge Bittar.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/11/08/prefeitura-vai-remover-reassentar-tres-mil-familias-de-rio-das-pedras-922982233.asp


Comentário do blog: Urbanizar nada, removam TUDO, TU-DO.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Favelas custam caro demais para toda a sociedade

Ocupações de encostas já custaram R$ 2,5 bi aos cofres públicos em 16 anos

RIO - Num período de 16 anos (1994-2010), as obras para urbanizar favelas e ocupações irregulares, além da remoção de famílias de áreas de risco no Rio, custaram aos cofres públicos quase R$ 2,5 bilhões só nos projetos de maior porte, como Favela-Bairro, Bairrinho e Programa de Aceleração do Crescimento. Mesmo assim, não conseguiram resolver problemas de infraestrutura das comunidades, que continuaram a crescer, por absoluta falta de controle.

Ao longo do tempo, as estratégias para as favelas vêm mudando. Até a a década de 80, a principal política era a remoção dos moradores para áreas distantes. A situação mudou a partir do primeiro governo Leonel Brizola (1983-1986), que passou a investir em programas de urbanização. Em 1992, a Lei Orgânica do Município incluiu um dispositivo que impede as remoções sem indenizações ou reassentamento em locais próximos, exceto em áreas non aedificandi (onde é proibido construir), que possam pôr a vida do morador em risco, como encostas, e em faixas de proteção de rios e lagoas.

Brizola, em seu primeiro governo, lançou o programa Cada Família, Um Lote, que previa entregar títulos a um milhão de famílias de baixa renda. Mas, das 298 comunidades cadastradas, apenas 22 foram atendidas. E dessas, só os dono de 937 imóveis da Cruzada São Sebastião, no Leblon, conseguiram registrar em cartório a propriedade dos imóveis até 1990.

As remoções foram intensas no governo Carlos Lacerda (1965-1967), quando moradores de 27 áreas foram transferidos, principalmente para conjuntos habitacionais em Vila Kennedy e Vila Aliança. A estratégia, anos depois, se mostrou errada, já que esses conjuntos também foram favelizados, por falta de políticas públicas adequadas.

As ações se intensificaram no governo Negrão de Lima (1966-1971), que transferiu mais de 70 mil pessoas para Cidade de Deus, Cidade Alta e Água Branca. Para a Cidade de Deus, por exemplo, foram ex-moradores das favelas da Praia do Pinto (Leblon), da Catacumba (Lagoa) e Macedo Sobrinho (Botafogo).

No caso do Favela-Bairro, em 2004, o Tribunal de Contas do Município constatou que, por falta de conservação ou mudança no orçamento, muitas obras ficaram incompletas ou se degradaram com o tempo. O projeto não impediu ainda o crescimento das comunidades e a prefeitura também relaxou na fiscalização das invasões.


Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/07/24/ocupacoes-de-encostas-ja-custaram-2-5-bi-aos-cofres-publicos-em-16-anos-917235532.asp

É PRECISO REMOVER TUDO E NÃO DEIXAR REOCUPAR! A SOCIEDADE NÃO PODE SER OBRIGADA A PAGAR A CONTA DA DESORDEM, DA IRREGULARIDADE E DO DESRESPEITO ÀS LEIS! RIO SEM FAVELAS JÁ!

Fora com a politicagem e a hipocrisia!


sábado, 24 de julho de 2010

Rio: prefeitura lança novo plano para favelas

Rio: prefeitura lança novo plano para favelas

Luiz Ernesto Magalhães

O programa Favela Bairro, que estava para entrar na sua terceira fase, já tem um sucessor na administração de Eduardo Paes.

Na terça-feira, o prefeito lançará o Morar Carioca, um ambicioso plano que pretende se tornar, pelos próximos dez anos, a política pública de referência para a urbanização de todas as favelas da cidade, que estão sendo recontadas.

O novo programa, concebido para ter continuidade nos governos seguintes, pretende dar às comunidades tratamento idêntico ao recebido pela cidade formal.

Ao custo de R$ 8 bilhões até 2020, todas terão gabarito fixado e limites demarcados, além de serem alvo de choques de ordem em caráter permanente.

A manutenção dos equipamentos públicos ficará a cargo da mesma secretaria - a de Conservação - que zela pelo restante do espaço urbano. As favelas que estiverem em áreas de risco e não forem urbanizáveis serão removidas.

O plano, definido pela prefeitura como um legado social dos Jogos Olímpicos de 2016, prevê a remoção, até 2012, de 123 comunidades, onde vivem pelo menos 12.973 famílias em áreas de risco. Desse total, já foram retiradas 4.900.

O número de favelas a serem erradicadas é similar ao antecipado pelo GLOBO em janeiro (119), quando o então secretário de Habitação, Jorge Bittar, anunciou uma série de remoções.

Das 13 comunidades que deveriam ser integralmente removidas no primeiro semestre, a prefeitura confirmou a retirada completa de apenas 416 casas da Favela Serra do Sol, em Santa Cruz. Os moradores estão em abrigos provisórios, aguardando a conclusão das obras de casas populares no mesmo bairro.

As demais favelas ou não foram ainda removidas ou o foram apenas parcialmente - caso do trecho da Tabajaras atrás do Cemitério São João Batista, em Botafogo.

A prefeitura alega que as chuvas de abril forçaram uma revisão do planejamento.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/07/25/rio-prefeitura-lanca-novo-plano-para-favelas-310878.asp

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Prefeitura vai esperar mais chuvas para agir (O carnê do IPTU nunca atrasa)

Vítimas das chuvas no Rio ainda aguardam remoção de áreas de risco

RIO - O temporal de abril, que matou 256 pessoas em todo o Estado do Rio, deixou sequelas nos moradores de áreas de risco atingidos pela chuva na capital e região metropolitana. Três meses depois da tragédia, muitos ainda não receberam qualquer apoio do Poder Público municipal, apesar de o prefeito Eduardo Paes (PMDB) ter anunciado a imediata remoção de oito comunidades.

No Morro do Urubu, em Pilares, zona norte, a região do Jacareí foi quase toda demolida, inclusive uma creche construída pelo programa Favela-Bairro há 12 anos. Cerca de 250 famílias do Complexo do Urubu foram reassentadas em apartamentos em Realengo, na zona oeste. Mas, segundo o líder comunitário Edson Baiga, mais 200 moradores estão com o auto de interdição de suas casas e continuam morando em áreas de risco.

"Tem casas que foram interditadas ao longo dos anos, não é só da chuva de abril. Nós fizemos um trabalho com 250 famílias e será executada uma obra da Geo-Rio em toda a comunidade. O laudo completo ainda não foi feito. O risco no primeiro momento foi muito grande, começou pelo Jacareí e a Vila dos Mineiros, agora vai se estender para as outras áreas", afirmou André Santos, subprefeito da zona norte.

No entorno do Jacareí, muitas casas foram danificadas por conta das chuvas de abril e continuam ocupadas. Sandra Maria Pereira, de 64 anos, é uma das moradoras da Rua Luís Vargas: sua casa quase desabou, agora ela mora com uma filha numa moradia também interditada. Ao todo, são dez pessoas na casa, apenas duas adultas.

"Até então, estamos na mesma situação, só deram o auto de interdição no dia 12 de abril e falaram que estava perigoso. Perdi tudo, agora vivo de doação, só quero um canto para botar os meus três filhos", disse Sandra.

De acordo com a Geo-Rio, empresa vinculada responsável pela vistoria dos terrenos, técnicos já estiveram no Morro do Urubu para confirmar os locais onde haverá demolições e reassentamentos de famílias. Segundo Edson Baiga, todos os esforços foram concentrados na Jacareí, por ser o ponto mais crítico e ter um histórico de desastres. Ele questiona o fato de que a cada chuva que ocorre, piora a situação em toda a comunidade.

"Até quando a população vai suportar as chuvas? Já temos o problema da perda material, com pessoas que perderam seus imóveis e utensílios. A gente quer que a prefeitura tome providências para resolver o problema, com o aluguel social ou indo para residência em Realengo", destaca Baiga.

André Santos, subprefeito da região, afirma que é preciso avaliar cada caso. "Às vezes, a casa tem rachadura não só pelo solo, mas também pelas condições de preservação. Todos querem o apartamento, mas não tem para todo mundo, vamos disponibilizar o aluguel social", disse.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,vitimas-das-chuvas-no-rio-ainda-aguardam-remocao-de-areas-de-risco,576565,0.htm

Prefeitura se omite e favelas continuam onde estão

Moradores dos morros do Rio querem ficar onde estão

RIO DE JANEIRO - Nos morros dos Prazeres e do Fogueteiros, em Santa Teresa, os moradores estão se organizando para não sair das comunidades. Várias assembleias foram realizadas, com a participação de mais de 400 pessoas. Parlamentares e representantes da Pastoral de Favelas foram ao local verificar a situação, e a Defensoria Pública, juntamente com a Associação de Moradores do Morro dos Prazeres, também providenciou engenheiros para analisar a região.

Em nota, a Defesa Civil do estado do Rio informou que 1.345 casas estão interditadas no Morro dos Prazeres, onde morreram 30 pessoas, mas a Associação de Moradores sustenta que apenas 160 moradias estão condenadas à demolição.

Elisa Rosa, presidente da Associação de Moradores do Morro dos Prazeres, ressaltou que há obras do projeto Favela-Bairro inacabadas e irregulares. De acordo com ela, que ainda não recebeu o seu aluguel social, há pessoas abrigadas em casa de amigos e um casal está provisoriamente na Associação de Moradores pois não conseguiu alugar nenhuma casa na região com o valor do aluguel social.

A Secretaria de Habitação informou que “a prefeitura está reassentando os moradores dos morros dos Prazeres e Fogueteiro, porque são duas áreas com risco iminente, conforme laudos emitidos pela Geo-Rio, empresa-referência no país em geotecnia. O objetivo maior da prefeitura é preservar a vida dos moradores”.

No Morro do Fogueteiro, segundo Cíntia Luna, presidente da Associação dos Moradores Unidos de Santa Teresa (Amust), nenhum morador da comunidade recebeu até hoje o aluguel social da prefeitura e as pessoas continuam morando em casas em áreas de risco.

“Moradores me ligam diariamente para saber respostas que nem mesmo tenho. Nenhum morador conseguiu retirar o cheque do aluguel social, ainda tenho hóspedes na creche e em garagens da comunidade. Ainda estamos com casas penduradas e pessoas morando nelas, enfim, vivo o caos desde o dia 6 de abril”, afirma Cíntia.

Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=8&id_noticia=333148

domingo, 4 de julho de 2010

Barracos e porcos: esse é o "desenvolvimento" faveleiro

Sem controle, barracos e porcos invadem linhas férreas no Rio

As linhas de trem da SuperVia e a Linha 2 do Metrô Rio sofrem com a favelização. Em um sobrevoo de helicóptero, foram constatadas situações surpreendentes: criações de porcos e barracos construídos embaixo de viadutos da linha férrea. E ainda há novas moradias em construção em diversos pontos.

Várias situações de risco foram flagradas nos ramais de Deodoro e Belford Roxo da SuperVia. Em Triagem, também há mais casas perto da linha do metrô e do trem. No local, as casas crescem verticalmente.

Na Favela do Jacarezinho, perto de um local onde havia uma Cracolândia, foram construídas várias casas e barracos embaixo do viaduto da linha do metrô. Alguns deles usam os pilares como parede. A linha do metrô passa em cima dos barracos e, como se não bastasse, a linha do trem passa em frente.

Moradores contam a rotina de probreza na linha do tremO nome de uma das comunidades que ficam embaixo da Linha 2 do metrô é Vila Vitória. Os barracos, em sua maioria, são feitos de madeira. Pouquíssimos são de alvenaria.

“A gente tem medo de ser atropelado pelo trem. Eu me preocupo muito com meus filhos”, diz a dona de casa Fátima Freitas de Andrade. “Mas o único caminho que eu tenho para levar meus filhos à escola é pela linha do trem”, admite ela.

Fátima conta que usa a linha do trem no dia a dia para ir ao médico ou fazer compras, mas ela também foi flagrada sentada nos trilhos com um dos filhos.

“Não temos água, nem esgoto. É tudo a céu aberto”, conta a dona de casa Marta Morais Bueno, que também é moradora da Vila Vitória. “Já tivemos vários incêndios. Até a minha casa já pegou fogo”, recorda.



Marta diz que é necessário que os moradores da comunidade sejam removidos o mais rápido possível. “E não pode demorar. A gente tem muitos problemas, muita doença por aqui. É uma luta”, conta Marta, enxugando as lágrimas.

Engenheiro de transportes responsabiliza o poder público

O engenheiro de transportes Sérgio Ballousier acompanhou o sobrevoo com a equipe de reportagem. Para ele a responsabilidade é do poder público. “Seja estadual ou municipal, é o poder público o responsável. As vidas dos usuários da ferrovia e também dos moradores das casas que estão coladas à via, sem nenhuma separação física, sem nenhum muro, estão em risco. A pessoa abre a porta de casa no leito ferroviário”, afirmou.


Os moradores não têm por onde passar, a não ser pelos trilhos do trem. Eles chegam e saem em uma rotina mais do que comum. E não são poucos. “Não há a menor condição. Não há possibilidade de você levar água ou esgoto. As construções são extremamente precárias”, analisa Ballousier.

Na altura de Benfica, na Zona Norte, ainda embaixo do viaduto do metrô, casas cresceram tanto que a caixa d´água de uma delas foi instalada na altura da linha férrea. Mais adiante, uma criação de porcos divide o espaço com as moradias. Em Madureira, no subúrbio, pessoas foram flagradas sentadas nos trilhos.



Comércio foi montado no meio da linha do trem

No Jacarezinho, existe um comércio bem movimentado no meio da linha do trem. Um kombi foi estacionada entre dois trilhos.

“É um comércio entre duas vias: uma mão onde circulam os trens e outra onde não circulam. É uma ‘via pública’ no meio da ferrovia”, descreve Ballousier. “Isso pode trazer problemas não só para quem está atravessando como para o operador do sistema. Onde está a separação física?”, critica o engenheiro.


“Muita gente até coloca roupa para secar. Mas a linha do trem é terreno público, e não privado. Quem não vê que está se construindo uma casa? Deviam avisar que não pode construir”, observa Ballousier. “Não se pode esperar que existam construções para que depois sejam retiradas. A medida tem que ser preventiva e não apenas corretiva”, ensina o engenheiro.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/06/sem-controle-barracos-e-porcos-invadem-linhas-ferreas-no-rio.html

Para que árvores? O negócio é plantar BARRACOS

Favelas avançam sobre o verde no Rio

RIO - Das janelas dos apartamentos da Rua Roberto Dias Lopes, no Leme, moradores acompanharam ao longo dos anos o crescimento horizontal e vertical da Favela do Chapéu Mangueira, em plena Área de Proteção Ambiental (APA) dos morros da Babilônia e São João. Mas o que se tornou rotina no bairro está longe de ser exceção. O Rio já tem pelo menos 65 favelas que têm trechos ou estão totalmente dentro de áreas de preservação demarcadas pela União, pelo estado ou pelo município, contra 17 identificadas até 2003, ou seja, houve crescimento de 282,3% em cinco anos, como revela estudo do Tribunal de Contas do Município, objeto de reportagem de Luiz Ernesto Magalhães publicada na edição deste domingo de O GLOBO. O órgão, que usa informações da própria prefeitura, levantou também a distância das comunidades em relação a áreas de preservação. Em 2003, 118 favelas estavam a uma distância máxima de 400 metros ou dentro de APAs. Cinco anos depois, já eram 182 comunidades (54,2% a mais).

No período pesquisado, o número de favelas na Zona Sul que ocupavam áreas de preservação passou de apenas duas - Vila Parque da Cidade, na Gávea, e Emílio Berta, em Copacabana - para nove. Entre as comunidades que no período avançaram sobre APAs, estão Rocinha, Cabritos e Tabajaras (entre Copacabana e Lagoa) e Dona Marta (Botafogo).




Apenas a Rocinha, no período levantado pelo TCM, cresceu 4,34%. Em 2009, porém, a favela continuou a se expandir, como mostrou um monitoramento via satélite realizado pelo Laboratório de Geoprocessamento do Núcleo Disciplinar de Meio Ambiente da PUC. A pesquisa tenta identificar desmatamentos no lado leste do Maciço da Tijuca.

- Em um ano, registramos 4,18 hectares de desmatamento, independentemente de ser ou não provocado por favelização. Mas, a pedido da prefeitura, monitoramos algumas favelas em especial. Foi possível observar o aumento das áreas ocupadas por Rocinha, Vidigal e comunidades da Tijuca - contou o geógrafo Rafael da Silva Nunes.

Segundo estimativas de técnicos da prefeitura, apenas na Rocinha existem pelo menos 850 residências nas regiões de Vila Verde (que, após um temporal em março, começou a ser reassentada) e da Macega (perto do Túnel Zuzu Angel). Essas casas precisam ser removidas por estarem na Área de Interesse Ecológico de São Conrado. Na Macega, segundo fontes do município, pelo menos 50 casas foram construídas nos últimos meses. Apesar disso, o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Leonardo Rodrigues Lima, negou conhecer as invasões:

- Claro que na Rocinha existem pessoas em área de risco, que sobrevivem em condições miseráveis. Mas não tem essa de barracos em área ambiental. Em área ambiental, só há mansões.

Postura contrária tem José Mário Hilário dos Santos, presidente da Associação de Moradores do Dona Marta, comunidade incluída pelo TCM, em 2004, na lista das que estavam em APAs. Ele diz que os muros construídos pelo governo do estado para demarcar a comunidade não eliminaram o problema ambiental. O líder comunitário estima que cerca de 300 pessoas vivam em 70 casas na localidade do Pico, uma área de risco.

- Nossa expectativa é de que essas pessoas possam ser transferidas para um local melhor, com recursos futuros do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - disse.

Técnicos da TCM afirmam que o problema foi provocado pela falta de providências dos governos para cumprir a legislação em vigor. O Plano Diretor da cidade proíbe construções nas faixas marginais de rios e lagoas ou em áreas de preservação ambiental. "Uma política de não remoção foi confundida com uma postura de falta de controle, de permissividade para o surgimento de novas ocupações, que não solucionaram o déficit habitacional da população de baixa renda", diz o estudo.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/06/26/favelas-avancam-sobre-verde-no-rio-916989534.asp


ISSO TEM QUE ACABAR! RIO SEM FAVELAS JÁ!

Justiça Faveleira: assim vai o Rio, descendo a ladeira

Justiça suspende demolições em área de risco da Pavuna

RIO - A prefeitura teve de pisar no freio do processo de demolições em áreas de risco. Por decisão da juíza de plantão Fabelisa Gomes de Souza, no dia 11, foram suspensas as remoções de cerca de 500 famílias que moram na favela Parque Columbia, na Pavuna, na beira do Rio Acari. A comunidade é uma das oito em que o prefeito Eduardo Paes deflagrou uma operação Choque de Ordem, após as chuvas de abril. O secretário de Habitação, Pierre Batista, teme que o precedente jurídico acabe por desencadear outras decisões, dificultando o reassentamento dos que vivem em locais sujeitos a enchentes e deslizamentos.


- Queremos preservar vidas. Precisamos da conscientização de todos. Inclusive do Poder Judiciário - diz Pierre.

A ação civil pública foi movida pela Defensoria Pública, a pedido de 21 famílias, mas é extensiva aos imóveis de Acari ainda não derrubados - 549 já foram desocupados, desde abril. Na decisão, a juíza determina a paralisação de qualquer ato de demolição, até a apresentação de laudo técnico, sob pena de multa de R$ 20 mil por residência posta abaixo.

A Procuradoria Geral do Município vai recorrer e apresentar dois laudos. Tanto o laudo da Fundação Rio Águas quanto o da Defesa Civil atestam que, no local, não pode ter moradia:

- Trata-se de área, às margens do Rio Acari, onde a força e o volume das águas podem matar. Além disso, os moradores estão sujeitos a doenças, como leptospirose - observa o coronel Sérgio Simões, coordenador da Defesa Civil municipal.

- Quando o rio transborda, chega a atingir dois metros dentro das casas - conta André Santos, subprefeito da Zona Norte.

Fernando William: um laudo por casa protelaria ações
O secretário municipal de Assistência Social, Fernando William, revela que alguns líderes comunitários e advogados vêm defendendo que seja elaborado um laudo técnico para cada casa a ser desocupada, e não um parecer geral por área de risco. Ele alerta que tal procedimento protelaria muito as ações da prefeitura:

- Corremos o risco de haver consequências dramáticas. Amanhã, em caso de uma tragédia, teríamos que responsabilizar quem tomou essa decisão.

Até o fim de 2012, a prefeitura pretende remover 13 mil famílias. Antes das chuvas de abril, o município reassentou 1.300. A partir de abril, foram mais 2.800 remoções. Das oito áreas prioritárias - Parque Colúmbia, morros dos Prazeres e Fogueteiro (Santa Teresa), Morro do Urubu (Pilares), Laboriaux (Rocinha), Estradinha (sobre o cemitério São João Batista, em Botafogo), Pedacinho do Céu e Pantanal (Rio Comprido) - saíram 1.422 famílias de um total de quatro mil a serem removidas.

A Secretaria de Habitação oferece um aluguel social (R$ 400), até que a família a ser reassentada se encaixe em um dentre três programas: indenização; aquisição assistida (família escolhe imóvel, pago pela prefeitura); e o Minha Casa Minha Vida, do governo federal (compra de imóvel a preço baixo).

Entre os que entraram com a ação contra a remoção no Parque Colúmbia, Maria Isabel Chagas de Jesus alega que a prefeitura não fixou um prazo para enquadrar as famílias em um de seus programas, se limitando a pagar o aluguel social:

- Quero sair, mas com dignidade. Vou ter que aguardar até quando? - questiona.

- Palavras, o vento leva. A gente tem que sair sabendo para onde vai - acrescenta Maria Dalvane Gomes de Magalhães, outra moradora.

Kelly Cristina Chapeta também apresenta argumentos:

- Os meus filhos estudam perto. E eu trabalho por aqui. O meu patrão não quer pagar a condução.

A remoção, no entanto, tem o apoio dos presidentes das três associações de moradores do local: Gil Carlos da Silva David, do Parque Unidos de Acari; Maria Araújo, do Parque Colúmbia; e Cláudia Maria de Assis, do Beira Rio.

- Não dá mais para esperar. Quando chove, a água do Rio Acari entra nas casas. É só olhar as marcas nas paredes - observa Cláudia.

Moradora de um dos barracos na beira do Rio Acari, a dona de casa Ivaneide Saraiva da Silva, de 32 anos, foi uma das últimas a fazer acordo com a prefeitura. E está de mudança:

- No último temporal, a água do rio chegou na janela. Fiquei desesperada, gritando. Fiquei preocupada com meu pai, de 63 anos, e minha filha, de 5 - afirma Ivaneide.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/06/18/justica-suspende-demolicoes-em-area-de-risco-da-pavuna-916923767.asp

Faveleiros defendem cada centímetro de desordem como podem

Moradores da Rocinha protestam contra remoção de famílias e fechamento de escola


RIO - Moradores da Comunidade do Laboriaux, na Rocinha, protestaram na manhã deste domingo contra a remoção de 840 famílias que moram na região e pela reabertura da Escola Municipal Abelardo Chacrinha Barbosa, fechada desde as chuvas de abril. A manifestação ocorreu no local onde a população aguarda o governador Sérgio Cabral para inauguração da passarela sobre a Autoestrada Lagoa-Barra, que une o complexo esportivo da Rocinha com a favela.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/06/27/moradores-da-rocinha-protestam-contra-remocao-de-familias-fechamento-de-escola-916989931.asp

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Favela eleva risco de fogo em viaduto

RIO - Uma semana após o incêndio que destruiu 25 barracos sob um viaduto que liga o Túnel Noel Rosa, em Vila Isabel, ao Jacaré, na Zona Norte, dezenas de famílias vizinhas continuam ocupando moradias precárias, de madeira, e correm o mesmo risco, mostra matéria de Cláudio Motta, publicada pelo Globo nesta sexta-feira. O risco, no entanto, se repete por toda a cidade.

Escondidos entre o Viaduto de Del Castilho e os muros da SuperVia, os moradores de 11 barracos da comunidade Bandeira 1 já enfrentaram um incêndio no início do ano. Vários barracos foram destruídos, e o viaduto chegou a ser atingido. Foi a segunda vez em que a comunidade, com mais de dez moradias de compensado, sofreu com o fogo. Agora, a associação dos moradores tenta chamar a atenção da Secretaria municipal de Habitação para ganhar casas novas em local seguro.
Nem mesmo a Avenida Brasil, uma das principais vias do Rio, por onde chegam a trafegar diariamente mais de 237 mil veículos, escapa do risco. Pelo menos em três pontos, na altura de Parada de Lucas, Brás de Pina e Barros Filho, há barracos sob a passagem dos carros, além de depósitos de material reciclado, com pilhas de papel e papelão.

Estudo preliminar da Coordenadoria Geral de Projetos (CGP) da Secretaria municipal de Obras indica que o incêndio não fragilizou as estruturas da via. A prefeitura informou que o prazo para a recuperação do viaduto é de quatro meses. Técnicos da CGP apontaram a necessidade de retirar o concreto deteriorado pelo fogo nos dois pilares, na parede de contenção e no tabuleiro do viaduto. Onde houver necessidade, serão acrescentadas novas estruturas de ferro (chamadas de armaduras) e algumas receberão reforço de concreto. Tapumes cercam o local e o concreto afetado está sendo retirado.

A prefeitura informou que está pagando aluguel social para 250 famílias do local enquanto estuda um reassentamento definitivo. O secretário municipal de Habitação, Pierre Batista, informou que a prefeitura pretende retirar todas as famílias que moram em áreas de risco até o fim do atual governo, em 2012. De acordo com ele, há cerca de 13 mil famílias nessas condições. As áreas devem ser reutilizadas para evitar novas ocupações.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/06/03/favela-eleva-risco-de-fogo-em-viaduto-916785311.asp

terça-feira, 1 de junho de 2010

Câmara do Rio de Janeiro pretende regularizar FAVELA dentro do Jardim Botânico

Projeto na Câmara regulariza 589 casas erguidas em área administrada pelo Jardim Botânico

RIO - A entrada em pauta de votação da Câmara de um projeto de lei declarando como Área de Especial Interesse Social (Aies), para fins de urbanização e regularização, 19 núcleos com 589 casas, instalados em terreno da União administrado pelo Jardim Botânico no Horto, deflagrou reações de vereadores, associações de moradores e da direção do parque. Há o temor de que a criação da Aeis, da forma como está sendo proposta, estimule a expansão das ocupações. A vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) ressalta ainda que é preciso cuidado para mexer com uma área pública da importância da gerida pelo Jardim Botânico.

- Não se trata de um bem público qualquer, mas de um patrimônio dos brasileiros. Mesmo as comunidades consolidadas que estão ali há muitos anos, em casas cedidas pelo Jardim Botânico a ex-funcionários, sabem que estão em área pública, não serão proprietários e terão somente a posse. Deverão ainda obedecer a normas para não prejudicar as atividades do Jardim Botânico - afirma.

A ocupação do Horto começou no século passado, quando a direção do Jardim Botânico permitiu que funcionários construíssem moradias nas suas terras para ficar mais perto do trabalho:

- Defendemos a permanência de quem esteja morando há mais de cinco anos na área, independentemente da questão de ser descendente de funcionários do Jardim Botânico. Se não é, está lá porque houve permissão de alguém ou então omissão de alguém. No caso, da União - diz a presidente da associação, Emília Santos, irmã do deputado federal Edson Santos (PT).

A proposta em tramitação é de autoria dos vereadores petistas Adilson Pires (líder do governo), Eliomar Coelho e Reimont. Uma preocupação de Andrea é com o fato de os 19 núcleos estarem distantes uns dos outros. Entre eles, Comunidade Dona Castorina, Caxinguelê, Estrada do Grotão e Pacheco Leão 1, 2, 3, 4 e 5.

- Não se trata de área contígua, o que deixa no limbo todo o parque. A Aeis é um instrumento de política urbana, mas ele tem de ser precedido por um projeto urbanístico, feito pela prefeitura - argumenta Andrea.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/31/projeto-na-camara-regulariza-589-casas-erguidas-em-area-administrada-pelo-jardim-botanico-916749802.asp


Comentário: Seria como regularizar uma FAVELA em pleno Central Park. Mas lá não é a terra da favelização estimulada como aqui.

Recado para o cidadão: Andar na lei, pagar impostos e comprar sua casa onde você pode é mau negócio, no Brasil quem se dá bem são os espertos, os que sonegam, os que andam à margem da lei, os que invadem.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quem não paga imposto depreda o que é feito com o dinheiro dos outros

Muro que separa favela das vias no Rio já foi depredado

Menos de dois meses após o início da instalação das barreiras acústicas nas vias do Rio de Janeiro, alguns dos módulos de 3 metros de altura que separam as favelas das principais vias expressas da cidade já estão depredados. Marcas de tiros, pichações e até roubo das peças podem ser constatados ao longo da Linha Vermelha, uma das principais vias expressas da cidade.

Hoje, cerca de 30 jovens de um bloco carnavalesco do Complexo da Maré realizam um protesto na Praça da Favela Nova Holanda contra o que chamam de "segregação do muro da vergonha", que separa o conjunto de favelas do corredor viário. A Prefeitura do Rio informou que vai recuperar os módulos de acrílico danificados e substituir os roubados. O custo total do projeto de isolamento das favelas foi de R$ 20 milhões.


No entanto, a instalação das barreiras foi criticada pela Organização das Nações Unidas (ONU). As favelas "muradas" ficam no caminho para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) ou localizadas nas vias expressas por onde passarão as comitivas dos países que vão participar da Copa de 2014 e da Olimpíada em 2016. Além da Maré, a Cidade de Deus também recebeu as barreiras isolando a favela da Linha Amarela. As barreiras cobrirão a vista das favelas por 7,6 quilômetros.


"Somos parte da cidade. O que adianta nos esconder? A violência e a falta de educação nas favelas é consequência de um problema maior. Precisamos de políticas públicas", disse a moradora Gizele Martins, uma das organizadoras do protesto e do bloco carnavalesco "Se Benze que Dá". Apesar do protesto, algumas associações de moradores do conjunto de 16 favelas do Complexo da Maré apoiaram as barreiras, que protegeria a população de atropelamentos.


Ontem, a Prefeitura do Rio lançou o projeto "Parques Lineares e anunciou que investirá mais R$ 20 milhões na reforma paisagística de 21 favelas às margens das vias expressas. O município planeja construir nas comunidades ciclovias, calçadas, espaços cobertos, quadras poliesportivas, parques e quiosques, além de incrementar a iluminação. O Parque Ecológico da Maré terá o replantio de 197 árvores.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,muro-que-separa-favela-das-vias-no-rio-ja-foi-depredado,548537,0.htm

Contribuinte vai pagar a conta de mais populismo faveleiro

Nova taxa de luz vai reforçar iluminação em favelas

RIO - Os recursos arrecadados com a polêmica Contribuição Para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) servirão para iluminar os caminhos dos moradores dos complexos do Alemão e de Manguinhos. A promessa é do secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório. Segundo ele, a ideia é contratar as obras até o fim deste ano.


Osório não detalhou o cronograma dos trabalhos, nem os gastos. Mas informou que postes de luz serão instalados em trechos não beneficiados pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele ressaltou que o investimento dependerá do montante recolhido (a taxa é cobrada na conta de luz).

- A partir do segundo semestre, queremos colocar os projetos na rua. No entanto, preciso saber antes qual é a média de arrecadação do imposto - disse Osório.

Além das favelas atendidas pelo PAC, o dinheiro da Cosip reforçará a iluminação no Méier, na Tijuca e em Madureira.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/11/nova-taxa-de-luz-vai-reforcar-iluminacao-em-favelas-916559023.asp

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fernando Jordão: A favor da remoção de favelas

Ex-prefeito de Angra dos Reis
Rio - A “remoção de favelas” é como um cordeiro que volta e meia é classificado como lobo. Os adversários dizem que ele esconde o mal; que por baixo da pele alva há reacionarismo ou guerra contra o pobre. Fazem questão de dizer que o cordeiro não é cordeiro e sim um lobo usando sua pele.

Mas, encarado com seriedade, sem demagogias, e com respeito aos direitos, o cordeiro é só cordeiro. A remoção, com critérios técnicos, é solução consciente e ambientalmente certa.
Na prefeitura de Angra dos Reis enfrentei o desafio. O nosso primeiro programa habitacional distribuiu mil moradias, em pequenos conjuntos habitacionais, e evitamos muitos acidentes.
O que o prefeito Eduardo Paes quer fazer no Rio de Janeiro segue este modelo: consciente, técnico, com respeito às famílias e ao mesmo tempo respeito ao meio ambiente e à urbanidade. Não pensemos, porém, que basta o poder público querer.
Quem é da classe média tem sempre condições de bancar advogados para manter seu imóvel na irregularidade.A Prefeitura de Angra dos Reis ingressou, desde 2005, com mais de 150 ações civis públicas.
Foram abertos 965 processos visando a paralisação ou a demolição de construções irregulares. No ano passado, foram 907 autos de embargo, 314 autos de infração, 207 multas e 33 interdições. E, infelizmente, não é só o recurso da ação judicial que atrapalha: com as classes populares, o adversário é a demagogia.
Que o digam um deputado estadual e uma ex-vereadora que, em janeiro, subiram o Morro da Carioca, um dos mais afetados pelas chuvas de então, e conseguiram retardar o processo de remoção das áreas de risco.Esses políticos sobem o morro na hora de defender um suposto “direito de habitar”.
Mas é fácil defender isso sem oferecer alternativas para a população. Com palavras bonitas, passam como cordeiros. Mas são lobos. Que na hora da tragédia apenas uivam.

sábado, 17 de abril de 2010

Cidadão precisa fechar janela com tijolos

Violência, degradação, sujeira, informalidade, queda do valor dos imóveis. Os donos de apartamentos pagam impostos e são tão cidadãos quanto os favelados, porque o direito deles vale menos?

Premia-se a invasão, o gato, o informal, o ilegal. Isso é direito? Isso é justiça? Isso é democracia?

E o dono desse apartamento aí, localizado em Ipanema, que teve que fechar sua janela com tijolos para não ser atingido por tiros dentro de casa, cadê o governo? Porque nenhuma ONG defende ele?
RIO SEM FAVELAS JÁ!

Vista em Ipanema totalmente degradada

ISSO TEM QUE ACABAR!

Por um Rio sem favelas

O economista diz que o inchaço dos morros cariocas foi produzido pelo populismo e defende a remoção dos barracos como um indutor do progresso para todos

Poucos especialistas falam com tanta autoridade sobre a favelização nas metrópoles brasileiras quanto o economista carioca Sérgio Besserman, 52 anos. As últimas estatísticas disponíveis sobre as favelas no país foram produzidas sob sua gestão (1999-2002) como presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Suas opiniões sobre o assunto dão aquele banho de racionalidade que costuma desconcertar o senso comum. Besserman sustenta que retirar os barracos dos morros no Rio de Janeiro é uma solução que, se implementada, vai trazer ganhos econômicos e sociais para toda a população. Diz ele: “A questão precisa ser discutida com rigor lógico, a salvo das influências de ideologias e do romantismo”.

A prefeitura e o governo do estado do Rio de Janeiro começaram, na semana passada, a retirar barracos de áreas de risco. Por que nenhum governante fez isso a tempo de evitar tragédias?

Por um misto de incompetência e demagogia. No Rio de Janeiro, a remoção de favelas passou a ser um grande tabu, sustentado por um assistencialismo barato segundo o qual o estado deve prover tudo aos pobres dos morros - ainda que sua permanência ali possa pôr a própria vida em risco e acarretar prejuízos à cidade como um todo. A ideia absurda embutida nesse raciocínio é a de que quem vive em favela é um cidadão especial, que não precisa se submeter nem à Constituição e não tem os mesmos deveres dos outros brasileiros. Sob essa ótica obtusa, remover favelas é visto como uma afronta aos direitos dos mais necessitados. Essa bobagem demagógica tem suas raízes no populismo que há décadas contamina a política fluminense. O inchaço das favelas do Rio é resultado da combinação desses fatores.

Como o populismo contribuiu para a proliferação das favelas?

Historicamente, ele foi a mola propulsora das favelas fluminenses, tendo como seu principal expoente o governador Leonel Brizola, na década de 80, quando se chegou ao auge de proibir a entrada de policiais nas favelas. O resultado foi um surto de ocupações irregulares. Sem polícia, foi dado o sinal verde para o banditismo. Sob o pretexto absurdo de que havia uma dívida social a ser quitada, foram concedidos aos moradores das favelas direitos inacessíveis aos demais brasileiros pobres ou ricos. Enquanto isso, os populistas iam esparramando nos morros seus currais eleitorais, ganhando votos em troca de tijolos, cimento, dentaduras e bicas-d’água. Isso explica a perpetuação dessa classe de políticos em uma sociedade que se pretende moderna. Eles e as favelas estão aí como símbolos do atraso. Quando alguém fala em remoção de barracos, são justamente eles os primeiros a levantar a voz contra. Claro, não querem perder seus currais eleitorais.

A quem mais interessam a perpetuação e o crescimento das favelas no Rio?

Os políticos são apenas os tentáculos mais visíveis de uma enorme rede de ilegalidades que sustenta milhares de pessoas. Prospera no Rio de Janeiro uma indústria da favelização. No braço imobiliário há, de um lado, os grileiros, que invadem terrenos para vender depois, e, do outro, pessoas de fora das favelas que constroem barracos e os alugam. Os bandidos dominam a vida nas favelas. Eles controlam o comércio de botijões de gás e vendem acessos clandestinos às redes de TV a cabo. Os bandidos cobram até uma taxa a título de oferecer proteção aos moradores. É grande, portanto, o grupo dos que lucram com a existência das favelas. Infelizmente, aos poucos a sociedade foi deixando de se espantar com essa aberração urbana, a despeito das atrocidades cometidas a toda hora em plena luz do dia por um estado paralelo.

Por que a aberração foi assimilada?

Isso se deve, em boa medida, a uma visão romântica e evidentemente deturpada sobre as favelas, que começou a ser propagada por parte da esquerda ainda nos anos 70. Essa corrente passou a difundir a ideia de que a convivência entre a cidade formal e o mundo da ilegalidade não apenas era aceitável como deveria ser pacífica. Acabou resultando numa glamourização da bandidagem. Nessa ótica distorcida, criminosos são tratados como líderes populares e toda e qualquer favela ganha apelido de comunidade, ainda que as pessoas vivam ali sob o jugo dos bandidos e à margem da lei. Isso tudo fez do Rio de Janeiro um péssimo exemplo de tolerância e benevolência com o mundo do crime no Brasil. Também não ajudou a combater o surgimento das favelas. Ao contrário: do ponto de vista cultural, só lhes deu legitimidade.

Como reverter a situação em um cenário em que a população das favelas cresce até quatro vezes mais rapidamente do que a da cidade como um todo?

É preciso fazer primeiro o básico do básico: o estado deve recuperar o monopólio da força nos territórios hoje dominados pelos bandidos. As favelas são lugares em que milhões de pessoas vivem sob outras leis que não a do estado de direito democrático. Na prática, elas não estão sob a órbita da Constituição brasileira. Essa ausência de poder público é um padrão que se dissemina também por outras regiões metropolitanas do Brasil, como São Paulo e Brasília - mas em nenhum outro lugar do país o estado deixou tamanho vácuo. Não é viável almejar uma democracia digna e condizente com os avanços do século XXI sem equacionar essa grande anomalia. O estado moderno surgiu, afinal, para garantir a segurança e a paz social. É justamente o oposto da brutalidade que grassa nas favelas do Rio.

O senhor considera a experiência das Unidades de Polícia Pacificadora nas favelas cariocas (em que os traficantes são expulsos e a polícia passa a ocupar permanentemente os morros) uma maneira eficaz de o estado retomar o controle dos territórios em questão?

Diria que o princípio não apenas é acertado como, daqui para a frente, o estado não tem mais o direito de retroceder dessa iniciativa. Finalmente, as autoridades entraram em algumas favelas e retomaram o poder, primeiro passo de um processo civilizatório que precisa continuar.

Por que a remoção de barracos é uma solução?

Em contradição com a opinião dominante, acho que há muitos casos em que a remoção se justifica. Antes de tudo, é preciso começar a tratar essa questão com a objetividade que ela requer, longe da sombra da ideologia e dos interesses escusos. Não há como discordar da ideia de que alguém que tenha seu barraco fincado sobre os restos de um antigo lixão, como é o caso de dezoito favelas no Rio, deve ser retirado imediatamente de lá. O mesmo vale para quem tem a casa espetada à beira de um precipício, em flagrante situação de risco. Até aí, prevalece um relativo consenso. No entanto é preciso ir além, encarando uma questão de fundo econômico que é central mas foi posta de lado no debate: as áreas favelizadas provocam uma acentuada degradação da paisagem da cidade, um ativo cujo valor é incalculável. Portanto, quando uma análise de custo-benefício revelar que a realocação de uma favela trará retorno financeiro e social elevado, por que razões não cogitar sua remoção?

Como exatamente a economia da cidade se beneficia de uma remoção?

A Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão-postal da Zona Sul carioca, é um caso emblemático dos aspectos positivos que podem se seguir a uma remoção. Quando uma favela foi retirada dali, em 1970, os imóveis da região, cujos valores vinham sendo depreciados, inverteram a curva e passaram a se valorizar, aumentando a riqueza do bairro e da cidade, em benefício de todos. A riqueza é destruída no mesmo ritmo em que a favelização se alastra. Os mais pobres também perdem quando a riqueza deixa de ser criada ou é destruída. Os mais pobres são sempre os mais vulneráveis economicamente. Não tenho dúvida de que a política de remoção de favelas, que muitos ideólogos por aí definem como elitista, pode ser inclusiva, proporcionando mais benefícios do que prejuízos à maioria. O discurso da não remoção é um discurso antipobre.

Por que o estado chegou tão perto de remover certas favelas do Rio, mas acabou voltando atrás?

Além de toda aquela gente que se beneficia da indústria da favelização e faz pressão contra, a ação de pessoas bem-intencionadas também atrapalhou. Veja o que aconteceu no Morro Dona Marta, em Botafogo, outro endereço valorizado da Zona Sul. Na década de 60, quando ali havia uns poucos barracos, o governo anunciou que faria a remoção. Mas setores ligados à Igreja, sob a liderança do então bispo auxiliar do Rio, Dom Helder Câmara, se insurgiram. O resultado foi previsível. A resistência incentivou a vinda de mais e mais moradores, e o Rio perdeu mais uma vez.

O que fazer no caso daqueles morros que já atingiram dezenas de milhares de habitantes, como a Rocinha?

Feitas as contas, existe um consenso de que é muito mais simples e barato urbanizar essas favelas do que removê-las. A ideia central não é apenas prover os serviços nos moldes do velho assistencialismo, mas cobrar por eles, o que é natural com a inclusão dessas pessoas na economia formal da cidade. É preciso ter em mente que 1,3 milhão de habitantes do Rio pertencem ao mundo informal dos morros - o que representa um de cada cinco moradores. A entrada desse contingente na economia formal teria efeito muito positivo para a cidade. Isso depende da implantação de uma política habitacional séria, área em que os governos brasileiros em todos os níveis são tradicionalmente omissos.

Há algum sinal de melhora nesse cenário?

Do ponto de vista das políticas públicas, não houve nenhuma novidade relevante nos últimos anos. Mas é preciso reconhecer que o atual ambiente macroeconômico aumenta as chances de avanço. A começar pelo fato de que não existe mais aquele cenário de inflação galopante, que inviabilizava o acesso ao crédito imobiliário para todos os estratos de renda. Habitação é o tipo de demanda que não pode ficar insatisfeita: se o governo não tem uma boa política, as pessoas dão o seu jeito, como tem ocorrido nas favelas brasileiras desde a década de 50. Instalar-se nelas pode até ter sido uma solução boa individualmente para quem não tinha um teto sob o qual morar - mas para as grandes cidades em todo o país significou um verdadeiro desastre.

Como mensurar isso?

A experiência internacional mostra - e o caso brasileiro confirma - que a presença maciça de favelas afeta o ambiente de negócios e faz reduzir as chances de uma cidade competir globalmente. Está comprovado que um cartão-postal degradado e grandes áreas tomadas pela informalidade e pela violência são fatores decisivos para prejudicar a dinâmica econômica e afugentar investidores. Olhe o que está acontecendo no México, onde os cartéis da droga passaram a controlar grandes territórios e se tornaram um dos principais obstáculos ao aumento da competitividade do país. O Brasil ainda não chegou a esse ponto, mas caminhará para isso se não der fim ao controle territorial exercido por bandidos nas regiões metropolitanas.

Há perspectivas de que as favelas deixem de existir a longo prazo?

Para mim, a melhor de todas as definições de favela é a que a descreve como um território à margem das leis que regem o restante da cidade. Elas começarão a deixar de ser favelas quando o estado se livrar de seus vícios populistas paralisantes e derrotar a bandidagem que exerce poder efetivo sobre o cotidiano de milhões de brasileiros.

Fonte: http://veja.abril.com.br/210410/rio-sem-favelas-p-017.shtml

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Barranco que caiu na Rocinha põe em risco casas de classe média alta na Gávea

RIO - O mesmo barranco que despencou deixando um imóvel de quatro andares no Laboriaux, na Rocinha, à beira do abismo não livrou três cômodos de uma das 42 casas do condomínio de classe média alta Gávea Parque, na Rua Tenente Arantes Filho. Pouco acima, é uma mansão no condomínio Canto e Mello, na Rua João Borges, que também está às margens do precipício após um deslizamento. Na favela ou no asfalto, moradores ainda sofrem com as consequências das chuvas que castigaram o Rio na semana passada.

No Gávea Parque, que fica próximo à Escola Americana, operários não param de trabalhar o dia todo para tentar colocar a rotina do condomínio em dia. A quantidade de lama ainda é grande, e pedras e pedaços de árvores obstruem parte da rua. A cena mais impressionante é a da casa de Marketa Bastos, moradora do local há dez anos. O barranco atingiu em cheio o quarto de sua filha, de 13 anos.

- Graças a Deus estamos todos bem. Nunca pensei que pudesse acontecer algo assim. Normalmente, no horário em que houve o deslizamento, por volta das 5h, minha filha estaria no quarto, mas, como meu marido estava viajando, ela veio dormir comigo - contou Marketa, que está em casa de parentes, em Botafogo, e cuja casa acabara de passar por uma reforma.

No Laboriaux, que vai ser removido, morreram duas pessoas de uma mesma família que não quiseram sair do imóvel durante o temporal. A Defesa Civil municipal está interditando dezenas de barracos e as aulas foram suspensas na Escola municipal Abelardo Chacrinha Barbosa, na qual estudam 350 alunos. Também houve problemas, sem mortes, no Vidigal, onde há 34 desabrigados.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/04/14/barranco-que-caiu-na-rocinha-poe-em-risco-casas-de-classe-media-alta-na-gavea-916341512.asp


Comentário: E daí, não é mesmo? Afinal, a "classe média" tem que sofrer. Mansões justificam barracos nessa ciranda louca que destrói o Rio. Isso tem que acabar.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Remoção de favelas tem o apoio dos leitores do Globo na internet

RIO - Considerada por muito tempo um assunto tabu, a remoção de favelas, posta em discussão pelo prefeito Eduardo Paes, é aprovada pela maioria dos leitores do Globo na internet que participaram da enquete sobre o tema. Até a noite de domingo, 3.204 internautas cadastrados no site haviam colaborado com a pesquisa: 95,22% (3.051) afirmaram ser a favor do projeto de remoção, estigmatizado a partir dos anos 80 como uma prática autoritária, como mostra a reportagem "Palavra proibida - tabu ideológico e semântico cerca debate sobre a remoção de favelas", publicada neste domingo na Editoria Rio. Apenas 4,78% dos internautas (153) foram contra o projeto.

Embora conte com o apoio da maioria, o tema não deixou de causar polêmica entre os leitores que opinaram sobre a reportagem na internet. Grande parte dos que concordam com a proposta ressalta que é preciso oferecer condições dignas de moradia e infraestrutura de transporte para os moradores que forem transferidos.

- Sou favorável à remoção das favelas, como também à manutenção da ordem urbana. O que não pode e não se deve fazer é a remoção pura e simples, sem dotar as comunidades de infraestrutura de transportes. E sem esquecer de escolas e hospitais. Enfim, nada de Cidade de Deus. Isso é jogar a poeira para debaixo do tapete - ponderou Sérgio de Paulo Pacheco.

A opinião é semelhante a do leitor Walther Souza: "Eu sou contra favela em qualquer lugar da cidade. Porém, não é crível que se possa pegar uma favela e jogá-la em outro lugar.Tem que se fazer moradias decentes. Adoro a Zona Norte, que tem lugares lindos, mas que estão se acabando devido à favelização".

Já a leitora Anastácia Monteiro integra o grupo dos críticos da remoção de favelas:

- Remove-se a favela da Zona Sul e cria-se uma na Zona Oeste. Aí, não interessa mais removê-la porque está longe dos olhos do prefeito. Mais fácil fabricar um tapete gigante e varrer as pessoas para debaixo dele! -escreveu ela.

O arquiteto Canagé Vilhena, criador da ONG Centro de Defesa das Cidades, também opinou sobre o tema. Para ele, as remoções passadas não servem de exemplo:

"Se a remoção livrou a Lagoa de novas favelas, elas foram transferidas para longe, onde não param de crescer. Veja a Cidade de Deus, um conjunto habitacional que virou favela". Mas o arquiteto apóia o debate proposto pelo prefeito: "Na verdade o que o prefeito afirma é o que está estabelecido na Lei Orgânica. Remoção apenas para favelas em áreas de risco".

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/04/12/remocao-de-favelas-tem-apoio-dos-leitores-do-globo-na-internet-755243167.asp

terça-feira, 13 de abril de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Favelas destróem a natureza, degradam os bairros e pioram a qualidade de vida

A desordem resiste

Prazeres: moradores dizem que vão resistir à remoção

Flávio Dilascio, Jornal do Brasil


RIO DE JANEIRO -

Moradores do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, afirmaram ontem que resistirão à iniciativa da prefeitura de transferir toda a comunidade para a área antes ocupada pelo presídio Frei Caneca, no Estácio. Eles alegam que nem todas as partes da favela oferecem risco e que vários imóveis interditados pela Defesa Civil nos últimos dias seriam seguros. O Morro dos Prazeres foi uma das áreas mais atingidas pelas fortes chuvas da semana passada, com 30 mortes registradas até a noite de ontem.

– Estão fazendo tudo de uma forma errada, pois nem a Defesa Civil nem a Geo-Rio vistoriaram os imóveis que vêm recebendo ordem de desapropriação. Como podem saber se uma casa está em uma área de risco se não fizeram uma análise dela e de suas cercanias? – critica a presidente da Associação dos Moradores do Morro dos Prazeres, Eliza Brandão da Silva.

Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, oito comunidades começarão a ser retiradas a partir desta semana, começando pelo Morro do Urubu, onde a situação é considerada a mais crítica de todas. Todos os moradores reassentados receberão aluguel social de R$ 400 até resolverem seus problemas de moradia. O valor, entretanto, não agrada grande parte das famílias.

– Onde vamos morar até o conjunto habitacional do Frei Caneca ficar pronto, o que deve levar uns dois anos? Enquanto isso, vamos ter de viver com essa quantia irrisória em algum local alugado? Há cerca de dois anos, uma família daqui perdeu dois de seus membros num desmoronamento. Receberam esse aluguel social da prefeitura para morar em outro lugar e estão muito mal financeiramente – relata Eliza. – Tem quatro anos que fazemos solicitações de obras de contenção à prefeitura. Só depois de uma tragédia que eles se mobilizaram – completa.


Estratégia para permanecer

Para lutar pelo direito de permanecer no local, a Associação dos Moradores do Morro dos Prazeres conseguiu, junto à Defensoria Pública do Município, uma equipe de arquitetos e engenheiros que irá hoje à comunidade avaliar quais imóveis realmente estão em situação de perigo. Em todo o complexo do Morro dos Prazeres (que engloba as favelas do Escondidinho, Vila Elza e 42) moram cerca de 12 mil pessoas, segundo a associação.

– Contestamos muito essas interdições de agora, pois recebemos anos de obras do Favela-Bairro. No meu caso, por exemplo, tive que pegar o documento de desapropriação sem sequer terem ido à minha casa – diz a assistente social Zoraide Gomes, há 28 anos no Morro dos Prazeres.

Alguns moradores estão revoltados por causa do alto investimento feito em suas casas.

– Deveriam fazer uma avaliação imobiliária antes de nos retirar. Minha casa vale pelo menos uns R$ 20 mil, e eu nunca teria retorno pelo meu investimento se fosse colocada em uma moradia da prefeitura – afirma a recepcionista Josilene Alves, 32 anos, que mora com o marido e a filha. – Temo ainda não ser realocada em lugar algum, pois até agora não nos avisaram sobre o nosso destino – finaliza.



Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/04/12/e120425024.asp

Secretário de Defesa Civil defende remoção de favelas

7 de abril de 2010
Por João Marcello Erthal

As mais de 100 mortes em encostas do Rio trazem de volta a discussão sobre a remoção das comunidades em morros da cidade. Depois de percorrer as áreas mais afetadas pelas chuvas ao longo de terça-feira, o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, em entrevista a VEJA.com, fez uma defesa radical da retirada das famílias que ocupam áreas de risco. "É preciso investir com seriedade e sem paternalismo nessas áreas. A remoção é a única maneira de garantir que não ocorram mais mortes nos deslizamentos que, muitas vezes, são inevitáveis em encostas íngremes", afirmou Côrtes.

O secretário se disse impressionado com as dimensões da tragédia. "Pela primeira vez choveu tanto em tão pouco tempo no Rio. Mas não se pode ignorar o fato de que 90% dessas mortes ocorreram exatamente porque as pessoas estavam em áreas que não deviam ser ocupadas. E todos sabemos que foram décadas de incentivo a essas ocupações ou, no mínimo, omissão dos governantes", disse.

O drama dos soterrados é, para Côrtes, uma oportunidade de se discutir a polêmica das remoções. Mas em ano eleitoral, o debate corre o risco de não romper a barreira de lama. Professor de engenharia costeira da Coppe/UFRJ, Paulo Cesar Rosman tenta desenterrar a discussão, sem sucesso, há mais de uma década. "Nos anos 80 essas ocupações foram incentivadas. Em seguida, vieram governos que simplesmente fecharam os olhos por uma razão bem simples: ninguém quer perder voto de quem mora nas encostas. Quem se levanta para protestar contra a remoção de comunidades de áreas de encosta posa de protetor, mas é traidor dessa população. Esse político que é contra a remoção não vai lá quando morrem famílias inteiras", criticou.

O risco de morar em áreas desmatadas sem controle, sem saneamento ou drenagem, é conhecido. Mas esperar que a remoção de favelas seja bandeira de político é esperar demais. "Isso nunca foi nem nunca será defendido em uma campanha eleitoral. A menos que seja uma cobrança que parta da população. Sem vontade política, mais do eleitor que do candidato, não vamos mudar esse quadro, que exige ainda investimento em transporte, infraestrutura, criação de serviços públicos longe dos grandes centros", afirma o professor.

Para Rosman, tão grave quanto o erro de quem ocupa a encosta é o de quem mora nos bairros que a circundam. Entre os benefícios da remoção, Rosman enumera o ganho para o meio ambiente, a recuperação do valor dos imóveis do asfalto e a entrega dos títulos de propriedade a quem hoje vive na ilegalidade. Diz ele: "Enquanto não chove fica tudo bem. Eles lá em cima, nós aqui em baixo. Mas quando vem a chuva é como um boliche. Morre quem está em cima e quem está pelo caminho."

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/secretario-defesa-civil-defende-remocao-favelas-546856.shtml?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

domingo, 11 de abril de 2010

A bica d'água digital

Não acho que esse imenso problema que é a questão das favelas, muito bem definidas pelo urbanista Alfred Agache como a "lepra da estética", será resolvido com acusações por parte dos entes da sociedade. Essa mesma política de hoje, que perversamente atua em prol da perpetuação do problema através de bancadas inteiras que sobrevivem através dos votos gerados pelos centros sociais de deputados e vereadores, é tão somente a repetição da famigerada "política da bica d'água" do governador Chagas Freitas.

A ocupação irregular de encostas, o lixo, as vielas, o nascedouro da violência e o território da ilegalidade e informalidade estão ali e o fracasso da política de urbanização defendida na década de 90, com seu maior expoente no "Favela-Bairro", são fatos concretos e precisam ser debatidos seriamente.

A "melhoria" mostrou-se ineficaz nas duas frentes em que julgava ser capaz de solucionar o problema, que é a integração da área degradada com o restante da cidade e a limitação do crescimento das favelas.

Estimulados pelas melhorias(maquiagens), contingentes cada vez maiores de pessoas correram para aquelas áreas e a sua geografia difícil tornou praticamente impossível a manutenção da presença da prefeitura ali. Fala-se muito em mansões, como se ser rico neste país fosse um grande pecado, mas é notório para qualquer pessoa que 10 ou 20 mansões numa encosta não destróem a natureza e nem propiciam condições para vans, kombis, mototaxis, biroscas, camelôs, pivetes e todas essas pragas urbanas aparecerem com a mesma velocidade e voracidade com que amontoados de centenas e milhares de barracos o fazem.

O Brasil pós-ditadura foi contaminado por essa crença(alimentada por sucessivos governos municipais e estaduais) de que o Estado deve propiciar às pessoas o que elas julgam ser necessário a elas. Daí quando se menciona a remoção de uma favela logo surgirem pessoas perguntando "mas vai colocar essa gente toda aonde?".

Não será em Ipanema.Não será no Leblon.Mas também não será em Seropédica. Meu avô trabalhou a vida inteira. É aposentado e mora em Pedra de Guaratiba, lugar CHEIO de espaços vazios. É longe certamente, mas porque ele, que contribuiu com impostos a vida inteira, mora lá (longe) porque é onde pode e pessoas que vão GANHAR casas tem que escolher onde morar?

Moradia é um direito, que deve ser garantido pelo Estado, mas não é moradia onde a pessoa quiser. Porque com essa história de que "favelados criaram relações pessoais nos locais" premia-se quem invadiu, quem fez gato, quem destruiu a Mata Atlântica com imóveis melhores localizados do que o de um senhor de quase 80 anos que nunca invadiu nada, nunca fez gato de nada e hoje mora longe porque é onde sua condição permite.

Moradia é direito, mas internet Wi-Fi DE GRAÇA que nem colocaram no Morro Dona Marta também seria necessidade básica? "Ahhhh então pobre não pode acessar a internet?". Pode. Pode e deve. Mas às suas expensas, não à minha, porque se eu não pagar meu Velox no final do mês, fico sem e tenho que pagar o deles também, através dos meus impostos. Isso é populismo. Isso é a bica d'água digital.

O Brasil, aliás, as classes pensantes saídas das universidades e cursos técnicos brasileiros, precisam parar com essa mania de satanizar as tais "classes dominantes", os "empresários" e o "capital". Amigos, se não existisse a tão mal falada "classe média" e os empresários, quem pagaria toda essa festa?

Bolsa isso, vale aquilo, maquiagem em vielas, demão de cal em barracos. Quem paga isso é a tal "elite" que não pode nem falar nada porque logo é apedrejada. Ou seja, pague e cale-se.

Não vejo problema nenhum em remover inteiramente essas favelas de morros cariocas e levá-las para conjuntos habitacionais em Campo Grande, Pedra de Guaratiba, Sulacap. Obviamente com infra-estrutura e transporte de qualidade 24x7, mas nesse locais onde o metro quadrado é bem mais barato do que Tijuca, Leblon, Barra.

Moradia é direito, localização é mérito.

E justamente por isso, acho uma aberração moradores da Teixeira de Melo em Ipanema pagarem um dos IPTUs mais caros da cidade e terem seus imóveis desvalorizados em algumas vezes até mais de 50% por conta da proximidade com a degradação que é a favela do Cantagalo, por exemplo. Lixo, flanelinhas, informalidade, criminalidade, fazendo de refém as pessoas que, no final das contas, se utilizam dos serviços da tal "mão-de-obra barata", também pagam com seus impostos o funcionamento de tudo o que vemos.

Porque pode parecer "insensibilidade", mas Kombi, Van, Mototaxi, Gatonet, camelotagem e flanelinhas geram ZERO de imposto porque são atividades informais.

Existe um problema que é o caos urbano e habitacional do Rio de Janeiro, mas não é atacando esse problema com um ainda maior que é a favelização que algo vai se resolver. É dar veneno de rato para curar bronquite.

Acreditem: isso mata o paciente.

Fonte: http://favelanao.blogspot.com/

Eduardo Paes anuncia remoção de oito favelas no Rio de Janeiro

RIO - Moradores de oito comunidades em áreas de risco serão removidos imediatamente, anunciou neste domingo, 11, o prefeito Eduardo Paes (PMDB). As demolições das casas começaram pelo Morro do Urubu, em Pilares, na zona norte, onde segundo o prefeito em seu microblog (Twitter) a "sorte" impediu que os estragos da chuva atingissem a comunidade.

No Morro do Bumba, em Niterói, na região metropolitana, onde cerca de 50 casas foram soterradas, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) anunciou a utilização de R$ 1 bilhão para a remoção de casas situadas em áreas de "altíssimo risco". A Defesa Civil computava no domingo 229 mortes no Estado, sendo 146 em Niterói, sendo 36 no morro do Bumba, e 63 na capital.

No total, cerca de 3.600 famílias serão retiradas de suas casas. Além do Urubu, serão removidas construções na favela São João Batista, em Botafogo; Cantinho do Céu e Pantanal, no Morro do Turano, na Tijuca; Laboriaux, na Rocinha; Parque Colúmbia, em Acari e Morro dos Prazeres - onde pelo menos 30 pessoas morreram em decorrência de deslizamentos - e Fogueteiro, ambos em Santa Teresa, no Centro.

Para reassentar as famílias, a prefeitura destinará o terreno do antigo Complexo Penitenciário da Frei Caneca, no Centro, que foi implodido no último mês e um terreno comprado da Light, em Triagem, na zona norte. As casas serão construídas pelo programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. "Na medida do possível, estamos oferecendo alternativas para que as pessoas continuem morando em áreas próximas às suas comunidades", disse o prefeito.

Os moradores das favelas Cantinho do Céu e Pantanal, na Tijuca, serão indenizados para comprar outros imóveis, em áreas autorizadas pela prefeitura, no programa chamado Aquisição Assistida. Já os moradores da São João Batista, receberão indenização em dinheiro, pelo valor do imóvel, acrescido de 40%.

Enquanto isso, os moradores removidos serão incluídos no programa Aluguel Social e receberão R$ 400 para locação de imóvel em área que não seja de risco. O valor do aluguel foi aumentado em R$ 150.

As oito comunidades que terão casas removidas não fazem parte da lista de 130 favelas consideradas em áreas de risco, em relatório divulgado pela prefeitura no início do ano. De acordo com o documento, 13 mil domicílios estavam comprometidos.

Segundo Eduardo Paes, a Geo-Rio começa neste domingo a fazer um mapeamento de risco geológico em toda a cidade, para elaboração de um programa de remanejamento das famílias em áreas de risco. A conclusão do levantamento está prevista para daqui seis meses.

De acordo com o governador Sérgio Cabral, no próximo dia 15, o ministro da Fazenda Guido Mantega assinará a liberação de R$ 5,3 bilhões de recursos do Plano de Ajuste Fiscal. Desta verba sairá o R$ 1 bilhão destinada às remoções em todo o Estado.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,eduardo-paes-anuncia-remocao-de-oito-favelas-no-rio-de-janeiro,536954,0.htm

sábado, 10 de abril de 2010

Paes anuncia reassentamento de famílias do Morro do Urubu

A prefeitura do Rio anunciou que serão reassentados parte dos moradores do Morro do Urubu, em Tomás Coelho, na zona norte da cidade. Na segunda-feira, começaram as demolições das casas situadas em áreas de risco no local. O prefeito Eduardo Paes publicou em sua página eletrônica que "a situação é impressionante" e acrescentou "tivemos sorte". Os removidos já estão abrigados em casas de parentes. Em Niterói, o governador Sérgio Cabral anunciou que a comunidade do Morro do Céu, um lixão próximo ao morro do Bumba será inteiramente removida em curto espaço de tempo.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,rio-iniciara-na-segunda-demolicoes-no-morro-do-urubu,536610,0.htm

Lula: aliado da favelização

Lula se diz contrário a remoções em favelas

Segundo presidente, que lançou programa no Cantagalo, beneficiados não serão retirados por "governador enxerido"

De O Globo em 1/12/2007:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem de manhã, durante o lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Morro do Cantagalo, em Ipanema, que é contra a remoção de moradores de favelas.

- Todo mundo que não tem o título da sua terra vai ter o título, para que tenha certeza de que o terreno é seu e não virá nenhum prefeito, nenhum governador enxerido mandar a polícia tirar os companheiros de lá - disse Lula.

Ele elogiou a iniciativa do governador Sérgio Cabral, que assegurou que todos os moradores ganharão título de posse dos imóveis. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, afirmou que outras comunidades, como Andaraí e Jacarezinho, poderão ser beneficiadas se o governo tiver recursos.

Cabral, que acompanhou Lula na solenidade, prometeu dar os títulos no dia da inauguração das obras do Complexo Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, que vão custar 35, 2 milhões.

(...) O presidente também disse que a violência na cidade não é tão grave assim:

- Eu acho que não é justo o Rio de Janeiro aparecer na imprensa nacional apenas nas páginas policiais. Não é normal e não é justo. Ora, é verdade que tem bandido, mas bandido tem em qualquer lugar do mundo. A maioria, 99% do povo do Rio de Janeiro, é um povo que quer trabalhar, que quer estudar, que quer viver em paz. Mas, do jeito que aparece, às vezes, parece que tudo aqui está uma desgraceira só, quando não está.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/04/09/lula-se-diz-contrario-remocoes-em-favelas-282612.asp

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Favelas perpetuadas. O Tabu das Remoções.

De um ano para cá a cidade do Rio de Janeiro recebeu uma nova politica de combate a criminalidade nas favelas cariocas. As Unidades de Policia Pacificadora (UPP) vieram com a estratégia de ocupar de forma permanente as comunidades carentes com policiais recém formados e assim (espera-se) sem os vícios da corrupção que tanto conhecemos. Junto com a ocupação pela policia vem também investimentos pomposos do Município, Estado e União.

São construídas moradias populares dentro da favela, postos de policiamento, planos inclinados, elevadores e toda infra estrutura básica. Um sopro de legalidade também chega através das contas de água, telefone e luz que tem que ser regularizadas, mesmo que alguns moradores não se sintam exatamente entusiasmados em pagar suas próprias contas. IPTU porem ainda é sonho distante já que o Município Carioca acha prudente isentar a grande maioria das residencias cariocas.Mas será mesmo que tantos investimentos são a solução que precisamos para nossa cidade? Será que “reformar” as favelas é a melhor opção?

Vemos que dinheiro não falta, falta é a vontade politica de apresentar e defender medidas que podem contrarias muitos futuros eleitores. Estas pomposas reformas agradam especialmente aqueles moradores das favelas. Uma parte da população que tem baixa instrução e tende a apoiar qualquer candidato politico que lhes traz algum beneficio. E a maneira mais demagógica e populista de fazer isso certamente é através dos programas de reforma e legalização das favelas, que se originalmente se instalaram d forma ilegal e precária. Ou seja: O estado esta tolerando o intolerável e mostrando que a ilegalidade sera avalizada e regulamentada.

Essa critica pode parecer um tanto quanto dura e preconceituosa com os moradores dessas comunidades. Mas vamos alem para explicar. Sou absolutamente a favor de uma politica publica, inclusive com subsídios e assistências àqueles que estão em pior condição econômica. Precisamos de politicas de habitação que incentivem e permitam que pessoas de baixa renda comprem os seus imoveis e permitam a estes uma vida e moradia digna. Isso porem não quer dizer que devemos permitir, e legalizar, tudo aquilo feito de qualquer maneira e sem respeitar qualquer lei e ordem.

A palavra tabu REMOÇÃO tem que voltar a pauta do estado e da sociedade. Será que estes vastos investimentos feitos pelo estado não podem ser melhor aproveitados? Vamos tomar como exemplo o Morro da Providência que acaba de receber uma UPP e vai ser beneficiado com rios de dinheiro para uma reforma profunda, com a instalação inclusive de um teleférico ligando o Morro ao asfalto orçado em 150 Milhões de reais. Segundo o IBGE moram nesta favela e nas pequenas comunidades adjacentes aproximadamente 10 mil pessoas. Segundo IBGE também o numero médio de pessoas por família nas classes sociais mais baixas da região metropolitana do Rio de Janeiro é de 4,2 pessoas por família.

Agora vamos ao calculo. Vamos assumir que estes 150 milhões de reais fossem gastos em remoção e realocação destas famílias em vez da reforma da favela. Temos portanto aproximadamente 2380 famílias a serem realocadas. Se dividirmos 150 milhões pelo numero de famílias chegaremos a 63 mil reais por família. Claro que hoje em dia não se acha um apartamento no centro ou entorno por esse valor capaz de abrigar uma família de mais de 4 pessoas de forma descente. Mas lembrem-se, estamos falando somente do valor de uma das obras que vai ser feita na favela. E estou comparando com valor de apartamento já construídos. Certamente sairia mais barato para o estado construir apartamentos do zero. Vamos assumir então que o Estado de mais um pouco de dinheiro e banque um apartamento de 100 mil reais por família. Com 238 milhões de reais poderíamos portanto remover COMPLETAMENTE o Morro da Providência.

Ademais, não sou a favor da “doação” de apartamentos para favelados. Estes apartamentos deveriam ser financiados com subsidio pesado. Algo em torno de um pagamento de 100 reais mensais pelos próximos 10 anos, com a condição obrigatória que o imóvel não pode ser vendido e nem alugado pelos próximos 25 anos. E agora vem o pulo do gato para um plano de dês-favelização de longo prazo. Estes 100 reais mensais devem retro-alimentar o sistema de dês-favelização. Ou seja, estas 2380 famílias pagarão mensalmente 238mil reais capazes de “remover” mais duas famílias por mês de alguns outra favela da cidade. E pouco no inicio, mas se pensarmos que o estado investe muito mais em muitas outras favelas poderíamos ter um investimento inicial muito maior (quem sabe na casa do Bilhão) e posteriormente um sistema de longo prazo capaz de remover dezenas de famílias de favelas por mês. Um sonho distante e certamente complexo. Mas uma alternativa a proposta de perpetuar as favelas como vemos atualmente.

Fonte: http://www.caoscarioca.com.br/?p=772

Conjuntos Habitacionais. Uma Solução para as Favelas?

Em uma cidade como o Rio de Janeiro onde grande parte da população reside em favelas estamos sempre discutido a polêmica questão de como lidar com este problema. Sim, a favela é um problema, pois ela e por natureza uma aberração, surgindo como pequenas ocupações ilegais e crescendo a ponto de se tornar verdadeiras manchas de desordem urbana como a Rocinha e Vidigal. Pode parecer uma visão um tanto quanto radical, mas precisamos aceitar antes de tudo que a favela não é a solução, e sim um problema.Mas como lidar com esse problema?

Atualmente vemos um grande esforço do estado em pacificar as favelas e tentar fazer com que o estado seja presente nas mesmas. A estrategia tem recebido amplo apoio da sociedade e tem gerado de fato resultados positivos naquelas favelas que são ocupadas e no entorno próximo. Mas isto é somente o primeiro passo de uma estrategia de habitação que tem que visar o longo prazo. Poucos dias atrás o Prefeito Eduardo Paes anunciou meta de reduzir em 3,5% a área ocupada pelas favelas ate o ano de 2012. A intenção é muito boa, e o simples fato de ter uma meta também já é um avanço significativo. Porem creio que deveria haver um planejamento de longo prazo, quem sabe a redução de 30% ate 2020? Outro erro é simplesmente considerar a área ocupada, quando deveríamos sim estar falando na quantidade de pessoas que vivem nestas favelas uma vez que se vê cada vez mais a verticalização das mesmas.

Mas voltando ao assunto que quero tratar neste post. Conjuntos habitacionais subsidiados pelo estado podem ser uma solução para o problema de habitação? E podem ser o destino daquelas pessoas que o Prefeito pretende remover das favelas? Podem sem duvida, porem experiencias anteriores dizem o contrario na cidade carioca. Precisamos aprender com os erros do passado e pensar em como traçar novas politicas que evitem estas falhas. Sem duvida o mais famoso conjunto habitacional que não deu certo no Rio de Janeiro é a Cidade de Deus. Construída na década de 1960 este conjunto foi o destino de centenas de famílias que moravam nos morros do Pasmado (Botafogo) e da Catacumba (Lagoa). Ambas foram completamente removidas e hoje em dia poucas pessoas sequer sabem que ali havia uma favela. Mas a Cidade de Deus se tornou uma favela também, ou seja, na verdade não houve uma remoção e sim uma transferência para a Zona Oeste, que na época ficava bastante isolada. Esta mesma favela foi recentemente pacificada. Ou seja, construímos uma conjunto habitacional pra remover favelas, mas não cuidamos dele para que ele não se torne uma nova favela. Anos depois temos então um gasto extra pra pacificar aquilo que nos (estado) próprios criamos.

E a Cidade de Deus não é caso isolado. Ontem voltava de Manaus quando na aproximação do aeroporto do Galeão consegui bater as fotos desta matéria que mostram o conjunto habitacional Parque das Missões. Entrei então no Google maps pra analisar a área, e por curiosidade entrei no novo serviço de mapas da Microsoft, o “Bing Maps”. Para a minha surpresa o ultimo tem fotos que são bem mais antigas (não sei quão antigas) e mostra o conjunto habitacional ainda sem nenhuma ocupação visível ao seu redor. Veja abaixo a esquerda a foto mais antiga e a direita, no meio uma de 2003 e a direita uma de 2009. Note a quantidade de barracos que apareceu. Clique nas fotos para ampliar.

Ou seja, algo que foi feito com intuito de resolver o problema da favelização acaba por gerar ainda mais ocupações irregulares. E quem é o culpado disso? Muitos certamente vão apontar o dedo para os sucessivos governos que nada fizeram contra a ocupação irregular, e quem o fizer estará parcialmente correto. Mas existe também um segundo grupo que contribui MUITO para a degradação dos conjuntos habitacionais. Os moradores.

Estes são inicialmente beneficiados através de financiamentos subsidiados para morar em uma habitação legalizada, ou em alguns casos recebem a nova moradia como indenização por terem sido retirados de favelas existentes anteriormente. Posteriormente são muitas vezes abandonados pelo poder publico e não tem capacidade própria de mobilização social para promover melhorias em seus bairros. O que acaba acontecendo é que novos moradores são atraídos àquela área. Como as unidades habitacionais já se esgotaram começam a fazer puxadinhos e barracos a volta do conjunto habitacional. A conivência daqueles que obtiveram o beneficio de conseguir uma unidade habitacional acaba por formar uma nova favela. Perde no final das contas todo mundo, pois novamente surgem os problemas de falta de infra-estrutura, saneamento e segurança. Apesar das minhas duas fotos aéreas estarem um pouco tremidas da pra notar que inclusive nos prédios originais há puxadinhos.

O problema descrito aqui me leva a duas conclusões. Primeiro que não fazemos mais remoções de favelas pelo fato que isto depende de uma politica de estado (não governo) de habitação de longo prazo. O estado tem que prover condições de habitação que perdurem por algumas décadas ate que aquela comunidade possa cuidar de si mesma. Como os políticos atuais se recusam a adotar programas estruturais de administrações anteriores uma política de longo prazo é algo que não existe.Segundo problema é a ignorância das pessoas que moram nestes conjuntos habitacionais. Antes que me chamem de preconceituoso quero dizer que ignorância quer dizer flata de conhecimento, e não uma incapacidade cognitiva. Estas pessoas na sua maioria moravam em favelas, em situação ilegal onde cada um fazia aquilo que quer e que pode pra melhorar sua própria condição e há poucas ou nenhuma regra social a ser cumprida noque se refere a construção de seu “lar”. Isto leva ao problema da re-favelização destes conjuntos habitacionais. É necessário que alem do novo lar o estado provenha cursos que ensinem aos habitantes destes que é de seu próprio interesse evitar que o “tio do vizinho” se mude do nordeste pra cá e monte seu barraco a beira do prédio novinho em folha que foi entregue aos removidos de favelas e afins. É necessário promover um convívio estreito destes moradores e ensina-los a seguir regras e normas urbanísticas, e para estimular-los a isso, mostrar que o valor do bem que possuem aumenta ou diminui de acordo com suas próprias ações. A melhor forma de promover essa educação com certeza é através das escolas Municipais, uma vez que muitas das pessoas que moram nas favelas carece de uma educação acadêmica minima.

É portando responsabilidade de todos exigir do governo que cumpra uma politica de estado de longo prazo. A sociedade precisa deixar clara pra seus governantes qual o caminho que deseja seguir, e exigir destes uma administração que respeite metas e objetivos que ultrapassem o horizonte de quatro anos entre cada eleição.

Fonte: http://www.caoscarioca.com.br/?p=488