terça-feira, 25 de maio de 2010

Quem não paga imposto depreda o que é feito com o dinheiro dos outros

Muro que separa favela das vias no Rio já foi depredado

Menos de dois meses após o início da instalação das barreiras acústicas nas vias do Rio de Janeiro, alguns dos módulos de 3 metros de altura que separam as favelas das principais vias expressas da cidade já estão depredados. Marcas de tiros, pichações e até roubo das peças podem ser constatados ao longo da Linha Vermelha, uma das principais vias expressas da cidade.

Hoje, cerca de 30 jovens de um bloco carnavalesco do Complexo da Maré realizam um protesto na Praça da Favela Nova Holanda contra o que chamam de "segregação do muro da vergonha", que separa o conjunto de favelas do corredor viário. A Prefeitura do Rio informou que vai recuperar os módulos de acrílico danificados e substituir os roubados. O custo total do projeto de isolamento das favelas foi de R$ 20 milhões.


No entanto, a instalação das barreiras foi criticada pela Organização das Nações Unidas (ONU). As favelas "muradas" ficam no caminho para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) ou localizadas nas vias expressas por onde passarão as comitivas dos países que vão participar da Copa de 2014 e da Olimpíada em 2016. Além da Maré, a Cidade de Deus também recebeu as barreiras isolando a favela da Linha Amarela. As barreiras cobrirão a vista das favelas por 7,6 quilômetros.


"Somos parte da cidade. O que adianta nos esconder? A violência e a falta de educação nas favelas é consequência de um problema maior. Precisamos de políticas públicas", disse a moradora Gizele Martins, uma das organizadoras do protesto e do bloco carnavalesco "Se Benze que Dá". Apesar do protesto, algumas associações de moradores do conjunto de 16 favelas do Complexo da Maré apoiaram as barreiras, que protegeria a população de atropelamentos.


Ontem, a Prefeitura do Rio lançou o projeto "Parques Lineares e anunciou que investirá mais R$ 20 milhões na reforma paisagística de 21 favelas às margens das vias expressas. O município planeja construir nas comunidades ciclovias, calçadas, espaços cobertos, quadras poliesportivas, parques e quiosques, além de incrementar a iluminação. O Parque Ecológico da Maré terá o replantio de 197 árvores.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,muro-que-separa-favela-das-vias-no-rio-ja-foi-depredado,548537,0.htm

2 comentários:

Isabel disse...

Eita, povo ignorante!!! Essas barreiras acústicas não foram colocadas para segregar a população, e sim para beneficiar os moradores das favelas próximas às vias expressas, já que reduzem o barulho (por isso se chamam barreiras acústicas). Quer dizer: moram na ilegalidade e ainda reclamam e depredam tudo...

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Se fosse para segregar de verdade teriam cercas elétricas e daquelas cercas africanas que eu gosto, com uma espiral metálica que tem umas navalhas que dilaceram até couro de javali. Deveria haver mesmo uma desfavelização efetiva, com a presença do poder público ocupando áreas supostamente de lazer mas que na prática estão entregues às traças que poderiam ser usadas para construção de edifícios de apartamentos populares a serem posteriormente vendidos (ainda que financiados a um porrilhão de vezes) aos próprios favelados e os barracos serem derrubados e darem lugar tanto a unidades de polícia quanto de saúde e educação e áreas para reflorestamento com espécies nativas ou então hortas comunitárias, podendo até ser entregue a administração de unidades de saúde a organizações militares. As barreiras acústicas são um investimento público feito para o conforto e até para a segurança dos filhos dessas populações e é assim que alguns retribuem aos que sustentam a manutenção dessa ilegalidade.........

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