sexta-feira, 1 de julho de 2011

População das favelas cresceu acima da média carioca


IBGE divulga radiografia dos bairros do Brasil a partir de dados do Censo de 2010 e mostra que a Rocinha cresceu 23% em dez anos













Algumas das maiores favelas do Rio de Janeiro tiveram aumento da população acima da média da cidade na última década. Esta é uma das informações extraídas do Censo de 2010 divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, referentes aos bairros dos municípios brasileiros. Entre as favelas consideradas bairros, a população da Rocinha, na zona Sul, foi a que mais cresceu: aumentou 23% na década, passando de 56,3 mil para 69,3 mil habitantes. A Maré, na zona norte, é a mais populosa, com 129,7 mil habitantes - 14% a mais do que tinha em 2000. É o nono bairro mais populoso da cidade, que tem 6.4 milhões de habitantes. O Complexo do Alemão, na zona norte, teve aumento de 6,3%, abaixo da taxa de crescimento da cidade, que foi 7,9% na década. Passou de 65 mil para 69,1 mil moradores.

O bairro da Mangueira, também na zona norte, aumentou a população em quase um terço (31%), mas nem todos os moradores vivem na favela. Na outra ponta, a Cidade de Deus perdeu moradores. Tinha 38 mil habitantes em 2000 e passou para 36,5 mil em 2010, uma queda de 3,95%.

Os dados do Censo 2010 mostram a alta concentração de jovens em bairros que têm grandes favelas. Em Manguinhos, 28,8% dos moradores têm até 14 anos de idade. Na Mangueira, são 27,9%. No Complexo do Alemão e na Maré, um em cada quatro moradores (26% e 25,6% respectivamente) é criança.

Valdemir Cunha

A praia de Copacabana vista do alto: inspiração para uma indústria criativa e lucrativa

A praia de Copacabana vista do alto: em dez anos, bairro perdeu população

Zona Oeste - Outro destaque do Censo de 2010 é o crescimento de até 150% dos bairros da zona Oeste do Rio, enquanto algumas áreas da zona Sul perderam moradores. Principal foco de obras de infraestrutura de transportes e de instalações esportivas para a Olimpíada de 2016, a região Oeste concentra os nove bairros com maior crescimento absoluto de 2000 a 2010: juntos, receberam 278 mil moradores.

Os bairros de Camorim, Vargem Pequena e Recreio dos Bandeirantes mais que dobraram a população neste período, com aumentos de 150%, 136% e 118%, respectivamente. A taxa de crescimento da cidade foi de 7,9% na década. Dos dez bairros cariocas mais populosos em 2010, sete ficam na zona oeste: Campo Grande (328,3 mil), Bangu (243,1 mil), Santa Cruz (217,3 mil), Realengo (180,1 mil), Jacarepaguá (157,3 mil), Barra da Tijuca (135,9mil) e Guaratiba (110 mil). Completam a lista: Tijuca (163,8 mil), na zona norte, Copacabana (146,3), na zona sul, e Maré (129,7 mil), na zona norte. A Barra da Tijuca, bairro da zona oeste que começou a atrair grandes investimentos imobiliários na década de 70, continua ganhando moradores: cresceu 47% entre 2000 e 2010.

Retração - No caminho contrário, alguns bairros da zona sul da capital fluminense perderam moradores na última década. Humaitá tinha em 2010 uma população 12,5% menor que em 2000. Houve redução também em Ipanema (-8,7%), Gávea (-8,4%), Jardim Botânico (-7,9%) e Flamengo (-6%). Laranjeiras, Leblon e Copacabana tiveram pequena redução. Outros bairros da zona sul apresentaram aumento de população entre 2000 e 2010, como Lagoa (13,5%), Catete (10%) e Botafogo (5,9%). O centro do Rio, após décadas de esvaziamento, teve aumento de 5% na população residente. É um ritmo bem menor que o do centro de São Paulo, que cresceu três vezes mais: 15,4%.

Entre 2000 e 2010, o Rio de Janeiro ganhou dois novos bairros: Vasco da Gama, com 15,4 mil habitantes e Gericinó, com 15,1 mil. Com isso, a cidade chegou a 160 bairros.

O levantamento faz uma radiografia da população dos bairros de todos os municípios do Brasil, e utilizou o Rio de Janeiro como referência para demonstrar a importância dessas informações como subsídio para políticas locais. De acordo com o IBGE, o Brasil possuía, em agosto de 2010, 14.402 bairros, distribuídos da seguinte forma: 832 na região Norte, 2.661 na Nordeste, 5.595 na Sudeste, 4.184 na Sul e 1.130 na Centro-Oeste.

(Com Agência Estado)

Comentário do Blog: Claro que só fazem crescer. Tudo de graça e ainda por cima bolsa isso, bolsa aquilo. Só quem não pode ter filhos na base da ninhada é quem paga impostos pra sustentar isso tudo.

REMOÇÃO JÁ!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

FAVELAGEM SE UNE A ANISTIA INTERNACIONAL PARA PERPETUAR A BANDALHEIRA

As obras que visam preparar a “cidade maravilhosa” para os jogos olímpicos de 2016 podem estar a desrespeitar os direitos humanos. Quem o afirma é Salil Shetty, o secretário-geral da Amnistia Internacional (AI), que está de visita ao Brasil.

Secretário-geral da Amnistia Internacional preocupado com evacuações em favelas (Sergio Moraes/Reuters)

Para Shetty, a deslocação de moradores de favelas do Rio de Janeiro para abrir caminho às obras para as Olimpíadas de 2016 é um sinal preocupante de que os direitos humanos podem vir a não ser respeitados durante os preparativos para os jogos.Entre outros projectos, o Rio de Janeiro planeia construir três vias expresso para autocarros que deverão passar por várias favelas onde actualmente residem milhares de pessoas em condições precárias. “A nossa preocupação é que por causa das Olímpiadas a situação possa piorar significativamente”, disse Shetty à agência noticiosa Reuters.

Nos últimos meses, as autoridades brasileiras começaram a levar a cabo demolições em alguns bairros, oferecendo indemnizações ou novas habitações aos residentes que se queixam de que as novas casas são distantes dos seus locais de trabalho ou das suas comunidades.Apesar de o número de moradores despejados ser pequeno, Shetty diz que os primeiros sinais de como o Rio está a tratar os seus habitantes no âmbito de projectos de infra-estrutura não têm sido positivos. “Todos sabemos que um certo grau de movimentação é inevitável quando se está perante um grande projecto, mas o problema é se está a ser seguido um processo justo”, declarou.

O secretário-geral da AI deverá reunir-se com moradores das comunidades afectadas e já mostrou intenção de discutir a questão com representantes do Governo, e, possivelmente, com a Presidente Dilma Rousseff, em Brasília, ainda esta semana.

Para Raquel Rolnik, relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada, verifica-se em várias cidades um padrão de falta de transparência, consulta, diálogo, negociação justa e participação das comunidades atingidas em processos relativos a evacuações já realizadas ou planeadas no âmbito da preparação para o Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos.Rolnik alerta também para o perigo de indemnizações insuficientes poderem levar à criação de novas favelas e ao aumento de famílias sem casa.Segundo um relatório da ONG Justiça Global, algumas pessoas receberam uma notificação com apenas cinco dias de antecedência para o despejo e os estabelecimentos comerciais não teriam sequer direito a indemnização pelas demolições.

A questão das evacuações no Rio de Janeiro relembra as deslocações na China na altura das preparações para as Olímpiadas de Beijing em 2008. Nessa altura o Governo chinês obrigou cerca de um milhão e meio de pessoas a deslocarem-se.Embora as evacuações no Brasil não devam alcançar essa escala, constituirão um importante teste para a relação do país com os direitos humanos.

Fonte: http://www.publico.pt/Mundo/obras-para-olimpiadas-no-rio-de-janeiro-podem-violar-direitos-humanos_1491515

Comentário do Blog: É muito fácil uma ONG inglesa vir pro Brasil defender favelagem. Acham favela muito bom? São a favor desta agressão à cidade? Levem os barracos para Londres, ora bolas! Ou favela no dos outros é refresco?

REMOÇÃO JÁ!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O que adianta pintar?

As vielas, o lixo, a desordem continuam ali.

REMOÇÃO JÁ!

Parabéns Eduardo Paes! A meta é remover MAIS!

IPP constata que área ocupada por favelas encolheu nos últimos dois anos

RIO - A área ocupada por favelas na cidade está diminuindo. A constatação é de técnicos do Instituto Pereira Passos, que analisaram um levantamento aerofotográfico do Rio. Realizado pela prefeitura, o trabalho revela que, pelo segundo ano consecutivo, as comunidades perderam terreno. De acordo com os técnicos, as imagens mostram que cerca de 392 mil metros quadrados de terrenos ocupados de forma irregular foram recuperados nos dois últimos anos. Um espaço equivalente a 47 campos de futebol, bem distribuído por todas as áreas da cidade. Segundo o prefeito Eduardo Paes, o fato é inédito e seria uma consequência direta da política de reassentamento de famílias que moram em áreas de risco.

Paes afirmou que, desde 2009, 6.800 famílias de 80 comunidades foram retiradas de áreas ameaçadas. Desse total, 3.100 teriam sido reassentadas com a ajuda de programas como o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. O restante já teria sido indenizado ou estaria recebendo aluguel social. Ele prometeu que, até 2012, essa política de reassentamento, associada a uma série de outras medidas, vai permitir a recuperação de 3,5% da área ocupada pelas favelas no Rio no início do seu mandato.

- Há muita coisa acontecendo neste momento, o que me dá tranquilidade para dizer que, no ano que vem, a redução vai ser ainda maior. Mas o mais interessante é que não se trata de uma política de remover e jogar em qualquer lugar. Todos os assentamentos foram feitos com muito respeito à dignidade das pessoas. É claro que há uma hora em que é preciso usar a força do poder público. Mas fizemos tudo com muita negociação - afirmou o prefeito.

De acordo com o IPP, levantamentos semelhantes realizados anteriormente vinham registrando o aumento das áreas ocupadas de forma irregular. Os números apresentados pelos técnicos mostram que, entre 1999 e 2004, as favelas avançaram sobre uma área de 2,4 milhões de metros quadrados, num aumento de cerca de 1,2% ao ano. Já entre 2004 e 2008, o crescimento registrado foi de 1,3 milhão de metros quadrados, ou 0,71% ao ano. O quadro, porém, teria começado a mudar entre 2008 e 2009, quando a área teria sido reduzida em 0,05%. Só no ano seguinte, entre 2009 e 2010, as fotos aéreas teriam registrado o encolhimento das favelas de forma efetiva, com uma redução de 374.122 metros quadrados - ou 0,8% da área total ocupada. O próprio prefeito reconhece que o percentual, embora tímido, é bastante significativo:

- Pela primeira vez na história da cidade, conseguimos registrar uma redução na área de favelas. Mas não é só isso. Desde 2009, não há registros do surgimento de novas favelas. Aqui você tem também uma mensagem muito clara, que é a de que a gente não vai tolerar invasão na cidade.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/01/29/ipp-constata-que-area-ocupada-por-favelas-encolheu-nos-ultimos-dois-anos-923639424.asp

Comentário do Blog: É um começo, mas ainda é pouco. Tem que remover TUDO ou algo bem próximo da totalidade dessas feridas abertas na paisagem da cidade.

São Paulo faz sua parte e manda as favelas pra cucuia, falta o Rio tomar vergonha na cara e fazer o mesmo

São Paulo vai remover favela na Zona Sul com 40 mil pessoas

SÃO PAULO - Um projeto da Prefeitura de São Paulo prevê a remoção de 40 mil pessoas que vivem na Favela Nova Rocinha, no coração da Zona Sul da cidade, em barracos enfileirados às margens de um córrego, como informa reportagem de Flávio Freire publicada na edição deste domingo do jornal O Globo. A área será transformada num dos maiores parques lineares da América Latina. O projeto prevê não só a reurbanização do bairro, mas a criação de novo complexo viário, com a construção de um túnel ligando a Avenida Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes, para desafogar o pesado tráfego naquela região.

Pelas contas da prefeitura, a área estará totalmente reformulada até 2012, prazo final para a remoção dos moradores, a construção do parque e a elaboração da nova malha viária. O projeto, já em fase de licitação, deverá consumir R$ 2,3 bilhões.

- O primeiro passo será a remoção das famílias, que dependerá de muita negociação. Mas a desapropriação está definida e temos até para onde transferir os moradores - disse Marcelo Cardinale Branco, secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.

No total, serão 600 mil metros quadrados de área transformada em parque, com criação de núcleos de lazer, teatro e auditórios. A prefeitura prevê a construção de um túnel de três quilômetros de extensão disciplinando o trânsito numa área importante da cidade, próximo ao aeroporto de Congonhas.

Fonte: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/12/19/sao-paulo-vai-remover-favela-na-zona-sul-com-40-mil-pessoas-915290551.asp

Comentário do Blog: Se em São Paulo é possível defenestrar 600 mil metros de barracos, porque no Rio não fazem igual? Por causa do COITADISMO e dessa cultura nojenta e auto-destrutiva de perpetuar favelas.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Cidade Maravilhosa?


Só se for pros ratos, urubus, flanelinhas, vans, Kombis, camelôs, caos, desordem, informalidade em geral e lixões a céu aberto.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Petrobras patrocina site que defende favelização

Olha só pra onde vai parte do dinheiro da Petrobras:



Vejam de novo o detalhe no rodapé:

Comentário do blog: Que bonitinho, né? O pessoal do PT (grandes defensores da favelização) podia arrumar um patrocínio pra quem é contra as favelas também, afinal, adoram pregar que é preciso fazer o "controle da mídia" para poder mostrar o "outro lado".

Tinham que dar o exemplo e deixar o "outro lado" (que é contra) da favelização falar também.

Falando sério agora: é um absurdo que a Petrobras não tenha o menor critério - ou tenha, mas tão acochambrados assim - para distribuir patrocínio. Não interessa se é um real ou um milhão, dinheiro público merecia destino melhor.

É interesse político demais envolvido, viram porque é tão difícil fazer as remoções e livrar o Rio de Janeiro disso?