terça-feira, 1 de junho de 2010

Câmara do Rio de Janeiro pretende regularizar FAVELA dentro do Jardim Botânico

Projeto na Câmara regulariza 589 casas erguidas em área administrada pelo Jardim Botânico

RIO - A entrada em pauta de votação da Câmara de um projeto de lei declarando como Área de Especial Interesse Social (Aies), para fins de urbanização e regularização, 19 núcleos com 589 casas, instalados em terreno da União administrado pelo Jardim Botânico no Horto, deflagrou reações de vereadores, associações de moradores e da direção do parque. Há o temor de que a criação da Aeis, da forma como está sendo proposta, estimule a expansão das ocupações. A vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) ressalta ainda que é preciso cuidado para mexer com uma área pública da importância da gerida pelo Jardim Botânico.

- Não se trata de um bem público qualquer, mas de um patrimônio dos brasileiros. Mesmo as comunidades consolidadas que estão ali há muitos anos, em casas cedidas pelo Jardim Botânico a ex-funcionários, sabem que estão em área pública, não serão proprietários e terão somente a posse. Deverão ainda obedecer a normas para não prejudicar as atividades do Jardim Botânico - afirma.

A ocupação do Horto começou no século passado, quando a direção do Jardim Botânico permitiu que funcionários construíssem moradias nas suas terras para ficar mais perto do trabalho:

- Defendemos a permanência de quem esteja morando há mais de cinco anos na área, independentemente da questão de ser descendente de funcionários do Jardim Botânico. Se não é, está lá porque houve permissão de alguém ou então omissão de alguém. No caso, da União - diz a presidente da associação, Emília Santos, irmã do deputado federal Edson Santos (PT).

A proposta em tramitação é de autoria dos vereadores petistas Adilson Pires (líder do governo), Eliomar Coelho e Reimont. Uma preocupação de Andrea é com o fato de os 19 núcleos estarem distantes uns dos outros. Entre eles, Comunidade Dona Castorina, Caxinguelê, Estrada do Grotão e Pacheco Leão 1, 2, 3, 4 e 5.

- Não se trata de área contígua, o que deixa no limbo todo o parque. A Aeis é um instrumento de política urbana, mas ele tem de ser precedido por um projeto urbanístico, feito pela prefeitura - argumenta Andrea.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/31/projeto-na-camara-regulariza-589-casas-erguidas-em-area-administrada-pelo-jardim-botanico-916749802.asp


Comentário: Seria como regularizar uma FAVELA em pleno Central Park. Mas lá não é a terra da favelização estimulada como aqui.

Recado para o cidadão: Andar na lei, pagar impostos e comprar sua casa onde você pode é mau negócio, no Brasil quem se dá bem são os espertos, os que sonegam, os que andam à margem da lei, os que invadem.

Um comentário:

Emerson de Souza disse...

Infelizmente mais um comentário de quem não sabe o que realmente acontece, tentando descabidamente comparar o "Central Park", em Nova Iorque, ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Comparando o estilo de vida norte americano ao estilo de vida brasileiro. Eu me lembro bem que em anos atrás nos EUA até mendigo tinha seguro social. Aqui no Brasil mendigo é feito de fogueira para saciar o sadismo dos "filhinhos de papai" das classes médias e altas brasileiras, que ainda carregam o ranço das antigas elites escravistas.

Se a favelização existe ela foi fruto de anos e anos de descaso, de ausência do Estado frente aos mais necessitados. Mas como sempre na história quem é contra o crescimento da sociedade brasileira não se revela, se acovardando em seu luxo e conforto e ainda pondo os seus cães pintados de azul nas ruas para controlar a manada. Desinformado ou ignorante???

"Brasil! Mostra a sua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim..."

Recado para o cidadão: Se existe um meio de regularizar a situaçào de famílias que estão totalmente integradas à natureza, por quase um século de convivência com a mesma, porque não fazer-lo? As pessoas mais simples também querem pagar IPTU e terem os seus direitos de cidadãos, garantidos pela constituição federal, respeitados e aplicados. Eles não são invasores. São trabalhadores que muito fazem para sustentar o Parque Jardim Botânico. Eles plantam, cultivam e ainda fazem a manutenção dos jardins, embelezando as plantas que hoje encantam todos os visitantes do parque.

Informem-se!!!


EU QUERO O RIO SEM FAVELAS! EU QUERO O BRASIL SEM FAVELAS!! EU QUERO UM MUNDO SEM FAVELAS!!!

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