quinta-feira, 15 de julho de 2010

Prefeitura se omite e favelas continuam onde estão

Moradores dos morros do Rio querem ficar onde estão

RIO DE JANEIRO - Nos morros dos Prazeres e do Fogueteiros, em Santa Teresa, os moradores estão se organizando para não sair das comunidades. Várias assembleias foram realizadas, com a participação de mais de 400 pessoas. Parlamentares e representantes da Pastoral de Favelas foram ao local verificar a situação, e a Defensoria Pública, juntamente com a Associação de Moradores do Morro dos Prazeres, também providenciou engenheiros para analisar a região.

Em nota, a Defesa Civil do estado do Rio informou que 1.345 casas estão interditadas no Morro dos Prazeres, onde morreram 30 pessoas, mas a Associação de Moradores sustenta que apenas 160 moradias estão condenadas à demolição.

Elisa Rosa, presidente da Associação de Moradores do Morro dos Prazeres, ressaltou que há obras do projeto Favela-Bairro inacabadas e irregulares. De acordo com ela, que ainda não recebeu o seu aluguel social, há pessoas abrigadas em casa de amigos e um casal está provisoriamente na Associação de Moradores pois não conseguiu alugar nenhuma casa na região com o valor do aluguel social.

A Secretaria de Habitação informou que “a prefeitura está reassentando os moradores dos morros dos Prazeres e Fogueteiro, porque são duas áreas com risco iminente, conforme laudos emitidos pela Geo-Rio, empresa-referência no país em geotecnia. O objetivo maior da prefeitura é preservar a vida dos moradores”.

No Morro do Fogueteiro, segundo Cíntia Luna, presidente da Associação dos Moradores Unidos de Santa Teresa (Amust), nenhum morador da comunidade recebeu até hoje o aluguel social da prefeitura e as pessoas continuam morando em casas em áreas de risco.

“Moradores me ligam diariamente para saber respostas que nem mesmo tenho. Nenhum morador conseguiu retirar o cheque do aluguel social, ainda tenho hóspedes na creche e em garagens da comunidade. Ainda estamos com casas penduradas e pessoas morando nelas, enfim, vivo o caos desde o dia 6 de abril”, afirma Cíntia.

Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=8&id_noticia=333148

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